quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não foi um sonho sonhado só

Normalmente este blog tem os textos voltados para a Pastoral da Juventude de forma geral. São partilhas, reflexões, ideias, pistas, questionamentos, histórias que tem a proposta de ajudar àqueles que topam seguir o jeitão pejoteiro. Mas o texto de hoje tem um olhar diferente.

A cada três anos, a pastoral da juventude do estado de São Paulo se reúne para olhar sua caminhada, refleti-la à luz da proposta de Jesus e lançar proposições para os anos seguintes. A esta reunião damos o nome de assembleia regional. Em nossa história local já aconteceram 30 destas assembleias. A última foi entre os dias 23 e 26 de junho de 2011 e aconteceu na cidade de Bragança Paulista. Foi a 10ª assembleia que eu participei. Mas foi a primeira enquanto assessor regional.

O que eu gostaria de partilhar com vocês são algumas impressões pessoais deste momento singular da Pastoral da Juventude deste estado. Não é uma opinião da equipe de coordenação, porque não se passou nem uma semana desta assembleia e não sei a opinião de todos. Não nos reunimos para avaliar esta atividade e as implicações decorridas a partir dela. Mas eu tenho algumas intuições do que vem por aí...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

…E todos nós bebemos de um único Espírito

Para os amigos e amigas que acompanham este blog, segue um texto escrito desta vez pelo Henderson, um nobre companheiro da PJ do tempo em que militávamos na diocese de São Miguel Paulista. Vale a pena ler. É um texto cheio de memórias e mensagens. Obrigado Henderson.

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    Todo Domingo de Pentecostes é assim. Minha memória volta a uma gelada sexta feira, 11 de fevereiro de 2000, nos arredores da Estação Corinthians-Itaquera, extremo da região leste de São Paulo. Era de lá que saía, a cada três meses, o ônibus que levaria a galera para um dos encontros da edição do Projeto Eu Sou Mais 7 X 7, da então Pastoral da Juventude da Diocese de São Miguel Paulista.

    Naquela sexta-feira, ocorreria o segundo encontro do Grupo Pentecostes, mas o primeiro que eu participava. Até então, eu nem sabia que havia Pastoral da Juventude Diocesana – era apenas mais um que, na companhia de outros quatro amigos, tentava organizar o grupo de jovens na Paróquia São José Operário, no Conjunto José Bonifácio, mais conhecida como a Cohab 2.

sábado, 11 de junho de 2011

O papel das representações

Sim, há quem diga que o grande problema da pastoral da juventude hoje é a pouca atenção que se dá aos grupos de base. Imagino que esta não seja uma realidade em todo canto. Mas já ouvi isto de bocas diversas e li isto vindo de e-mails e chat’s diferentes também. Penso que os grupos de jovens são uma das prioridades sim e não se deve esquecer deles em nossos planejamentos pastorais. Já comentei sobre isto recentemente no artigo “Há que se cuidar do broto”. Contudo creio que existam outros itens a serem considerados.

Uma amiga me disse outro dia que o problema é que os jovens dos grupos vão para as “instâncias” e esquecem da base. Digo que isto pode acontecer e que já vi com mais de um representante. E também já vi o contrário, gente muito comprometida com os grupos, como também presenciei momentos de falta de preocupação com as bases de gente séria e responsável. Ou seja, neste universo que é a representação de instâncias e na nossa organização pastoral nos diversos níveis, há de tudo.

Por “instâncias”, quero dizer desde a paróquia, onde o grupo de jovens vai se fazer representado, até a coordenação nacional da PJ. Por incrível que pareça, há perfis de representações que se repetem nestes níveis. Como entender que papéis existem e como trabalhar com eles? Não é minha intenção falar de todos os perfis, mas contribuir com algumas reflexões. Vamos a elas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Os nós de uma relação: eles e nós

Imagine um casal de namorados. Imagine agora que eles brigaram e se separaram. Além disso, esta separação se deu por algo mal resolvido. Se você é amigo de um dos dois, sabe que quando encontrá-lo ou encontrá-la, o assunto do outro ou da outra aparece na pauta de conversa entre vocês e o papo fica girando em torno dos mesmos assuntos. Fica um ambiente ruim e que você sabe que isto não vai resolver nada. Conseguiu imaginar esta situação?

E em um ambiente da Igreja, isto seria possível? Não entre pessoas, mas entre grupos? Sim, isso acontece. E confesso que pessoalmente tenho cada vez menos paciência com isso. Criam-se inimizades como se os grupos fossem rivais lutando por um mesmo espaço. Claro que existem diferenças, e elas são importantes, mas em nome destas diferenças tenta-se matar o diferente.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alimentar diariamente a utopia

Repercutiu de uma maneira interessante o texto sobre o “curtir o momento, publicado aqui no blog. Recebi alguns e-mails e comentários de amigos que me encontraram pessoalmente. Algumas reações foram de desconforto, outras de impotência, outras de desafio. E fico realmente feliz com isso. Alguma reação foi gerada. Não foi um texto morno. Que bom.

Mas tenho para mim que o simples olhar para a realidade não basta somente. É preciso dar um passo além. Diante do incômodo, desconforto, impotência e desafio que o texto ou o cotidiano real nos apresenta, que postura eu devo tomar? Se a minha linguagem não comunica o que desejo a quem precisa, não é necessário rever a linguagem ou a maneira de me comunicar, por exemplo?