segunda-feira, 19 de março de 2012

Que Deus é esse?

Eu estive numa festinha de crianças com minha esposa e meu filho por estes dias. A maioria das crianças adora estes eventos e o meu garoto não é diferente. Quem o conhece sabe que ele não é de ficar parado e nem de deixar os outros parados (o pai e a mãe dele, em especial).

Do meio para o fim da festa, uma senhora que presenciou toda a energia e alegria dele veio comentar comigo: “Ele tem medo de você?”. Eu respondi que quando eu fico bravo, sim, ele tem medo. Parecia que eu havia dito a senha correta, pois ela balançou a cabeça positivamente dizendo que é preciso que ele tenha medo de alguém.

Esta afirmativa veio me cutucando por estes dias. Seria preciso mesmo ter medo para obter respeito? Será que o amor não basta? Será que é mesmo o medo do castigo e da perda que mantém nossas relações e, no fim das contas, nossa sociedade unida num mesmo caminhar?

quarta-feira, 14 de março de 2012

Fogo amigo

“Meu nome é Cristiano e tenho uma certa caminhada na Pastoral da Juventude. Participei por um longo período das instâncias e hoje milito numa ONG que atua na luta pelos direitos da juventude.

Digo que minha vida pessoal é profundamente marcada pelas opções que fiz durante minha passagem pela PJ. E por tudo isso eu sou muito grato. Posso afirmar que até hoje, no trabalho que desenvolvo, estas opções ainda são muito fortes. Contudo, nem tudo foram e nem são flores.

Há gente que você sabe previamente que serão opositores e tentarão de todas as formas, éticas ou não, atrapalhar seus projetos e propostas. Isto é previsível, esteja você no campo que estiver. Contudo, há de se estranhar quando o opositor está nas suas fileiras, quando é um companheiro ou companheira que atua pelas mesmas causas e que já comeu o mesmo pão murcho e tomou o mesmo suco que até hoje você não sabem qual deveria ser o sabor.

É a turma do fogo amigo. Quando você se dispõe a atuar pela vida da juventude, pela sua formação integral e pelo crescimento de sua consciência crítica, sabe que será metralhado por algumas pessoas ou grupos. Há grupos aliados que metralham de volta e alguns destes tiros acabam acertando você. E há nestes mesmos grupos, alguns que enxergam em você o inimigo.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Como encarar um grupão?

A gente sabe que a Pastoral da Juventude tem uma turma boa de conversa e que sabem conduzir uma discussão num nível bacana. A razão de tudo isso é que eles foram forjados nos pequenos grupos de base, nas discussões comunitárias, nos debates promovidos. É uma turma de consciência crítica e que encara qualquer parada.

É mesmo??

Já vi muitos colegas de pastoral que encaram numa boa o debate num grupo pequeno, mas que tremem nas bases quando vão falar num grupo grande, de mais de setenta pessoas, por exemplo. Temos toda uma técnica para os grupos pequenos. E para os grandes?

Não era costumeiro que a PJ trabalhasse com grupos grandes em falas mais aprofundadas. Os tempos atuais, porém, pedem e exigem algumas capacitações a mais. Por vezes somos chamados a falar em conferências, grandes encontros, palestras para grupos fora da realidade pejoteira ou assembleias maiores. O que é importante para se preparar bem?