quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012


Inspirado nestes programas televisivos (e agora também nos portais da internet), resolvi também dar uma revisada em tudo que aconteceu neste ano no Blog “E por falar em pastoral...”. Foi uma viagem para mim. Espero que seja para você também. Quem quiser rever o texto, é só clicar no link correspondente. Vamos lá.

O ano começou falando da importância de um evento pejoteiro que estava para acontecer: o X Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Falou-se também de um dos símbolos mais comuns que carregamos e do seu sentido: o anel de tucum. Terminamos o primeiro mês perguntando se todo mundo pode ser pejoteiro.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Que camisa você veste?


Pense na seguinte cena: lá estava eu, feliz da vida com a vitória do meu time e a conquista daquele campeonato. Encontro um colega na rua e vou puxar assunto com ele. Pergunto-lhe se assistiu ao jogo final. Ele, rispidamente, com rancor nos olhos e ressentimento na fala me responde: “Você acha que eu vou perder tempo vendo esse time? Não sou vagabundo ou cachorro”. 

Não sei quem ensinou a este meu colega que toda pessoa que torce pelo meu time é vagabundo ou um cão. Pelo que me consta, meu cachorro nem torce pelo meu time. Pelo contrário, foge de qualquer manifestação de fogos de artifício. E eu não sou um animal como meu colega citou e nem um vagabundo.

Sei que você, leitor deste blog, é uma pessoa que busca ponderar as coisas. Claro que nenhum de nós está livre de cair nestas generalizações. Mas é preciso ter muito cuidado. Usei o exemplo do futebol, mas poderia usar a discussão da cor da pele, da origem étnica, da expressão religiosa, do gosto musical, da orientação sexual, do estado natal ou do poder econômico. Todas são passíveis de generalizações (todo negro é isso, todo japonês é aquilo, todo crente é assim, quem gosta de funk é aquilo, se é gay é porque é isso, só podia ser da terrinha ou isso é coisa de pobre). Todas podem gerar preconceitos doídos. Essa é uma primeira ideia. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Maioridade penal: e aí?

Era um grupo de jovens reunido numa manhã de domingo. Passados os momentos iniciais da reunião, a coordenadora seleciona um voluntário do grupo com menos de 18 e com mais de 16 anos e o coloca numa cadeira ao centro do círculo formado pelos demais integrantes. Em seguida, divide a turma em dois grupos. Explica que ali seria feito um júri simulado.

A primeira metade iria atacar o réu (aquele jovem ao centro do círculo) e a outra metade iria tentar defende-lo. Situação bem simples. Só faltava dizer o que o jovem teria feito. Ele em si não fez nada, explicou a coordenadora. Mas na figura dele seria julgada a redução da maioridade penal. O grupo favorável à redução da maioridade penal apresentaria seus argumentos e o contrário tentaria rebatê-los. E assim, deu-se início.
 
O argumento básico para diminuir a maioridade penal é bem simples. O sujeito pode votar, pode doar sangue, mas não pode ser responsabilizado por crimes que venha a cometer. Isto é uma incoerência. Admitir que ele não tenha capacidade de discernir o certo do errado é ignorar a inteligência deste jovem. Com essa idade ele já não pode escolher que faculdade fazer? Nesta idade alguns já têm filhos. Não é uma decisão ‘adulta’? Por que não podem responder por seus atos? A TV e os jornais mostram hoje cada vez mais crimes cometidos por menores. Quem mata por maldade, por exemplo, merece punição sem piedade. Mas nossa sociedade os protege demais. Se a família não os educa adequadamente, que a sociedade o faça. Eles precisam aprender que para toda ação há uma consequência. É preciso que entendam que há limites, senão vira bagunça”.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Precisa acabar assim?


Há tempos ele já vinha percebendo que a relação não estava lá aquelas coisas. Ela exigia muito e ele sempre dando muito. Os momentos de satisfação que eles partilhavam eram cada vez em menor número. Ele sentia que estava vivendo um período de obrigações e não de entrega verdadeira.

Ela, por outro lado, era de fato bem exigente. Não era consumista, narcisista, egoísta ou qualquer outro “ista” que você possa imaginar. Seu lado exigente estava em querer atenção e dedicação. 

Eles tinham sonhos em comum quando a relação começou. Ela apontava um mundo novo, de possibilidades e de encantamentos. Ele tinha um vigor juvenil que o tempo e a história foram consumindo.

Para alguns amigos dele, ele dizia que queria dar um tempo, afastar-se dela. Viver outras experiências, tentar sentir saudades. Alguns deles tentaram movê-lo desta ideia. Propuseram a ele que tentasse novamente o diálogo. Dissesse a ela seus problemas e dificuldades. Ele confirmou que já havia até tentado fazer isto anteriormente. Mas as obrigações e a rotina diária acabaram por matar o assunto.