Era um sábado pela manhã e eu saí para doar sangue. Não era para ninguém em específico. E não conto isso aqui para ganhar o aplauso ou possível compaixão pela história. Conto isso como um mote para dizer que a vida é muito frágil.
Poderia começar, por outro lado, contando que este ano já me presenteou com Rafael, meu sobrinho e com Miguel, meu sobrinho-neto e que até o fim do ano mais um sobrinho-neto, o Artur, deve chegar também. Bebês como eles, delicados, frágeis, indefesos mostram os detalhes do milagre da vida e como podemos facilmente perder este dom fantástico com uma bobagem qualquer que façamos ou com uma doença ou um mal inesperado.
Mas volto à história da doação e a fragilidade da vida. Meu organismo produz uma proteína numa quantidade maior do que a média das pessoas. Isso me impede de consumir alguns alimentos e me é indicada a doação de sangue como forma de diminuir a quantidade dessa proteína no organismo. Não faz mal a quem recebe meu sangue e faz um bem danado a mim.