No último artigo falamos da espiritualidade da Pastoral da Juventude e a importância da missas. O seu grupo não está isolado no mundo. Ele está próximo a outros grupos, inserido numa comunidade de fé, que está num determinado bairro, cujos moradores se relacionam com várias pessoas e diversos grupos, empresas ou entidades. A ideia a ser trabalhada neste artigo (e no próximo também) é a da relação entre seu grupo e a sua comunidade. Uma interação saudável contribui para o crescimento de ambos. Boa leitura.
21. Qual a importância da comunidade eclesial para o grupo?
As pessoas se reúnem em comunidade porque tem algo em comum. No caso das comunidades cristãs, este “comum” é a fé em Jesus Cristo e seu projeto. Partindo desta ideia, você pode olhar para os demais participantes da sua comunidade de fé e chamá-los de irmãos. “Tudo bem. E isso muda o quê?”. Muda muita coisa, principalmente a maneira de enxergar o relacionamento interpessoal.
Sabemos que, em geral, as relações entre as pessoas na sociedade são muitas vezes ligadas por interesses exploratórios, de não valorização do outro, de “coisificação” das pessoas. Se o modelo de relações na comunidade cristã for igual ao da maioria da sociedade em que vivemos, não há o aspecto transformador da fé.
Vimos no último artigo que as celebrações são momentos de intimidade com Deus e uma fonte de abastecimento para a prática cristã na vida cotidiana. Celebramos a vida que vence a morte, a atualização da Bíblia no nosso dia a dia, a partilha da vida como alimento e bebida, a festa, a alegria e o desejo de ver tudo isso esparramado em todas as nossas relações.
É a comunidade que vai ajudar o jovem a perceber que é preciso viver a proposta do Reino de Deus fora do ambiente eclesial. Claro que os serviços internos são importantes e ninguém pode negar isto. Mas a missão é externa. É na comunidade que se deve experimentar as primeiras sementes do Reino.
22. Temos uma certa resistência na comunidade. O que fazer?
E já avaliaram o porquê desta resistência? Normalmente eu parto do princípio de que as pessoas não fazem oposição sistemática e que o diálogo sempre é possível. Há uma ideia difundida de que os mais jovens carecem de experiência, mas são uma mão de obra potente e que os mais velhos são plenos de experiência e cansaço físico. Digo que é um pensamento simplista e muito particularizado, mas bem espalhado e conhecido. Se não for bem refletido pela comunidade, pode acabar virando um preconceito.
Uma das formas de barrar um preconceito é mostrar para um bom número de pessoas que ele está errado. A possibilidade aqui é investir na comunicação do grupo e na divulgação do trabalho realizado. Apareçam. Mostrem seus rostos e suas propostas.
Cada grupo tem uma particularidade que é sua característica mais forte. Uns são bons para encenar, outros gostam mais de música, outros são excelentes para se comunicarem, por exemplo. A ideia é usar dos dons que se tem para divulgar para os demais da comunidade que jovens formidáveis existem por lá e quão fantástico é poder contar com gente disposta em animar a caminhada de outros para o advento do Reino de Deus.
21. Qual a importância da comunidade eclesial para o grupo?
As pessoas se reúnem em comunidade porque tem algo em comum. No caso das comunidades cristãs, este “comum” é a fé em Jesus Cristo e seu projeto. Partindo desta ideia, você pode olhar para os demais participantes da sua comunidade de fé e chamá-los de irmãos. “Tudo bem. E isso muda o quê?”. Muda muita coisa, principalmente a maneira de enxergar o relacionamento interpessoal.
Sabemos que, em geral, as relações entre as pessoas na sociedade são muitas vezes ligadas por interesses exploratórios, de não valorização do outro, de “coisificação” das pessoas. Se o modelo de relações na comunidade cristã for igual ao da maioria da sociedade em que vivemos, não há o aspecto transformador da fé.
Vimos no último artigo que as celebrações são momentos de intimidade com Deus e uma fonte de abastecimento para a prática cristã na vida cotidiana. Celebramos a vida que vence a morte, a atualização da Bíblia no nosso dia a dia, a partilha da vida como alimento e bebida, a festa, a alegria e o desejo de ver tudo isso esparramado em todas as nossas relações.
É a comunidade que vai ajudar o jovem a perceber que é preciso viver a proposta do Reino de Deus fora do ambiente eclesial. Claro que os serviços internos são importantes e ninguém pode negar isto. Mas a missão é externa. É na comunidade que se deve experimentar as primeiras sementes do Reino.
22. Temos uma certa resistência na comunidade. O que fazer?
E já avaliaram o porquê desta resistência? Normalmente eu parto do princípio de que as pessoas não fazem oposição sistemática e que o diálogo sempre é possível. Há uma ideia difundida de que os mais jovens carecem de experiência, mas são uma mão de obra potente e que os mais velhos são plenos de experiência e cansaço físico. Digo que é um pensamento simplista e muito particularizado, mas bem espalhado e conhecido. Se não for bem refletido pela comunidade, pode acabar virando um preconceito.
Uma das formas de barrar um preconceito é mostrar para um bom número de pessoas que ele está errado. A possibilidade aqui é investir na comunicação do grupo e na divulgação do trabalho realizado. Apareçam. Mostrem seus rostos e suas propostas.
Cada grupo tem uma particularidade que é sua característica mais forte. Uns são bons para encenar, outros gostam mais de música, outros são excelentes para se comunicarem, por exemplo. A ideia é usar dos dons que se tem para divulgar para os demais da comunidade que jovens formidáveis existem por lá e quão fantástico é poder contar com gente disposta em animar a caminhada de outros para o advento do Reino de Deus.
Quando eu era participante do grupo de jovens, fizemos um jornal com fatos da comunidade e matérias formativas, além de um jornal mural. Isto animou bastante o grupo e ajudou no relacionamento com a comunidade. Mas já vi também grupos investindo em festivais de teatro e de canção. Divulgar o trabalho é também uma forma excelente de dar mais vigor ao grupo. Outras pessoas acabam elogiando a ação realizada não só para a coordenação, mas para um ou outro jovem.
Já vi, contudo, grupos com trabalhos belíssimos que naufragaram no desânimo e percebo que vários deles não divulgavam o que faziam. E da mesma forma, vi também ressurgirem iniciativas que tinham sido “sepultadas” e que logo de cara investiram na comunicação, desde o boca a boca até blog, site, orkut e twitter. E estão caminhando.
Contudo, se, mesmo divulgando o trabalho, as resistências comunitárias continuam, há de se observar qual outro caminho que deve ser trilhado. Tenho algumas sugestões, mas vou deixá-las para o próximo artigo.