terça-feira, 30 de abril de 2013

Imagina na Copa...


Anderson queria reorganizar a PJ na paróquia dele. Ele teve acesso a alguns textos que diziam do passado bacana que esta pastoral teve por lá. Ele sentia a necessidade de fazer alguma coisa, mas não sabia por onde começar e nem o que fazer. Esta questão o incomodava bastante. Por vezes ficava pensando nisso até tarde. 

Numa noite, assim que chegou em casa tomou banho e jantou. Ligou a televisão e ficou assistindo o noticiário nacional. Falavam dos atrasos das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo no Brasil. Uma moradora reclamava da falta de informações a respeito de possíveis desapropriações. Um motorista apontava os riscos de engarrafamentos com as obras viárias no entorno e nos acessos para os estádios. Um sujeito engravatado se preocupava com a estrutura dos aeroportos brasileiros. E uma autoridade, que Anderson não soube lembrar quem seria, esclarecia que tudo isso estaria pronto até a Copa do Mundo e que seria um evento fantástico, pois o planejamento estava em dia.

Até o início da Copa, tudo vai estar bem. Aquilo martelou na sua cabeça. Planejamento. Era essa a palavra. Era preciso fazer um planejamento para que a PJ voltasse a se organizar e a ter uma ação bacana na comunidade e no bairro onde ele morava. Procurou textos na internet, falou com pessoas, foi atrás do padre, conversou com uma freira, reuniu um grupo de amigos e trocou umas ideias com a turma da PJ da diocese.

domingo, 21 de abril de 2013

Ah, esse cara...


São três anos do blog “E por falar em pastoral...”. Com este são 164 textos em 156 semanas. Quando eu comecei havia bons blogs nos quais eu me espelhava. Hoje a maioria deles está dando um tempo ou foram desativados. Em compensação, outros começaram e foram adiante. 

Este blog me deu a chance de conhecer gente que eu nem imaginaria conhecer. De trocar experiências, de aprender e ensinar. De viajar nas ideias, de servir de inspiração, de poder partilhar sentimentos, conhecimento e experiências. E de reencontrar pessoas.

Por causa deste blog me vi reencontrando por estes dias um amigo a quem não procurava há cerca de 24 anos. É tempo mesmo, não? E se era amigo, é natural que tivéssemos muito que conversar, que ouvir um do outro.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Quem te representa?


Eu havia tomado uma decisão de não mais tocar neste assunto. Quando alguém vinha perguntar minha opinião, eu sempre dizia para deixar de lado porque isso não nos fazia bem. Mas os acontecimentos das últimas semanas nas redes sociais acabaram por forçar um posicionamento. É preciso dizer algumas linhas sobre este assunto que está constantemente na pauta: o conflito entre outros grupos católicos e a Pastoral da Juventude. 

Na verdade, este tipo de conflito é tão antigo quanto a Igreja, se formos manter a discussão somente no âmbito eclesial. Mesmo porque, desde que mundo é mundo, o ser humano bate boca por conta de opinião e divergência de opinião. 

Há algumas discussões extremamente produtivas, pois nos fazem ter um novo olhar sobre determinado fato. Há outras em que vale a pena entrar, porque há vidas ou outros interesses importantes em jogo. É preciso convencer a outra parte, ou a maioria dela, portanto. Há ainda mais algumas em que o grande valor está na qualidade da argumentação. É prazeroso debater em alto nível.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Eu estou aqui. Pode me enviar


Era assembleia da Pastoral da Juventude daquela diocese. A turma iria modificar a coordenação diocesana e apontar as prioridades do ano seguinte. Assembleias sempre são momentos importantes na vida pastoral, decisivos mesmo. Era a primeira assembleia em que ele era delegado. Desde o tempo em que participava do grupo de jovens ouvia falar da importância destes momentos. Agora estava ali, vivendo a história.

Sua vida pastoral sempre fora paroquial, nunca havia ido para uma instância além daquela. Portanto ali, tudo parecia novidade, tudo parecia grande. Ele observava e se sentia meio intimidado. E se dissesse algo que estivesse fora do contexto? Falta de experiência é fogo. Decidira que ficaria só observando.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Por uma PJ mais conservadora


Sujeito se assustou com o título. “Conservadores são pessoas paradas no tempo”. Foi assim que a maioria de nós aprendeu. Como poderia então alguém querer desejar uma pastoral da juventude fora do seu tempo?

Não se assuste, o título é esse mesmo. Suas premissas é que estão erradas. O fato de ser conservador não é um pré-requisito para que seja congelado o tempo. Mas para que valores e características não se percam. De quais valores e características estou falando? Daquelas nossas características que nos dão identidade e que muitas vezes assumimos sem saber o porquê. E daquelas que são tão importantes que quando deixamos de lado, também deixamos de ser nós mesmos.