Anderson queria reorganizar a PJ na paróquia dele. Ele teve acesso a alguns textos que diziam do passado bacana que esta pastoral teve por lá. Ele sentia a necessidade de fazer alguma coisa, mas não sabia por onde começar e nem o que fazer. Esta questão o incomodava bastante. Por vezes ficava pensando nisso até tarde.
Numa noite, assim que chegou em casa tomou banho e jantou. Ligou a televisão e ficou assistindo o noticiário nacional. Falavam dos atrasos das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo no Brasil. Uma moradora reclamava da falta de informações a respeito de possíveis desapropriações. Um motorista apontava os riscos de engarrafamentos com as obras viárias no entorno e nos acessos para os estádios. Um sujeito engravatado se preocupava com a estrutura dos aeroportos brasileiros. E uma autoridade, que Anderson não soube lembrar quem seria, esclarecia que tudo isso estaria pronto até a Copa do Mundo e que seria um evento fantástico, pois o planejamento estava em dia.
Até o início da Copa, tudo vai estar bem. Aquilo martelou na sua cabeça. Planejamento. Era essa a palavra. Era preciso fazer um planejamento para que a PJ voltasse a se organizar e a ter uma ação bacana na comunidade e no bairro onde ele morava. Procurou textos na internet, falou com pessoas, foi atrás do padre, conversou com uma freira, reuniu um grupo de amigos e trocou umas ideias com a turma da PJ da diocese.