quarta-feira, 19 de junho de 2013

Por uma PJ mais libertadora

Escrevo este texto dentro do clima das manifestações que tomaram conta do país pautando a questão do transporte público e a mobilidade urbana, mas que ampliou o leque e também tratou de violência policial, educação, corrupção, gastos públicos e o direito à livre manifestação. Muitos jovens foram para a rua num volume muito maior do que aquilo que me recordo de que tenha sido o movimento dos “cara-pintadas”, antes da queda do ex-presidente Fernando Collor.

Sim, havia muitos pejoteiros nestas manifestações. E gosto muito de ouvi-los falar e de ler as contribuições a respeito da pauta deste movimento todo. Está claro para mim que para muitos destes que se engajam nas lutas pela vida plena da juventude a ideia de uma PJ mais libertadora é algo coerente e vivido no dia-a-dia. Mas e para tantos outros? O que significa esta expressão que dá título ao texto de hoje?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

As andorinhas voltaram

Corria o ano de 1985. Foi o ano internacional da juventude. Foi quando brotou a ideia do primeiro Dia Nacional da Juventude. Foi o ano do primeiro Rock in Rio. Ano em que Tancredo Neves foi eleito e morreu, em que acabou o período do regime militar e ano também em que eu morei no interior paulista.

Era um pré-adolescente. Nossa vida era bem simples e cheia de dificuldades. Eu não tinha dimensão daquilo. Sabia, no entanto, que tinha que estudar na escola da vila e tinha que ajudar meu pai na roça nos finais de semana e nas férias.

Na roça não havia energia elétrica. Após um duro dia de trabalho, voltávamos cansados, tomávamos banho frio, jantávamos, minha mãe puxava a oração do terço e depois escutávamos algum programa de música caipira. Embora meu pai gostasse muito, era o tipo de música que eu não costumava escutar quando morava na cidade.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Literatura (na) pastoral

Você gosta de ler? Talvez não seja esta uma boa forma de abordagem para iniciar uma conversa, principalmente se você não for do tipo que goste de viajar na leitura. Muita gente não gosta e muita gente perde uma excelente oportunidade de aprender mais.

Na pastoral da juventude, tal prática merece sempre um incentivo. Todo ano saem materiais novos, roteiros de encontros, celebrações, textos formativos para todos os níveis e graus de participação pastoral. As mídias também são as mais variadas. Tem o jornal impresso, o blog, os roteiros digitais, o livro publicado. Cada um com sua especificidade. Cada um com seu público.

Houve um tempo na história da humanidade em que as pessoas não podiam ler. Não podiam porque não sabiam. E não sabiam porque ninguém as ensinava. E não se ensinava porque, na maioria das vezes, tal qual naquele tempo como hoje, informação é poder.