terça-feira, 28 de agosto de 2012

O que você faz com a sua esperança?

Venho refletindo nos últimos dias sobre a realidade das nossas juventudes dentro e fora do ambiente eclesial. Alguns têm um olhar pessimista, de desânimo e descrédito. Para estes, eu lhes digo que participar das atividades da Pastoral da Juventude, quando podemos partilhar da nossa realidade, dificuldades e sonhos, só fortalece nossa esperança.
 
É fato conhecido que em muitas localidades a realidade não é favorável à proposta de formação integral da PJ, que em algumas dioceses e paróquias nossa pastoral é solenemente ignorada ou é impedida de articular as forças juvenis em razão de outras opções pastorais. E que fora dos ambientes eclesiais muitos jovens pobres estão sendo exterminados. Como ter esperança a partir destas realidades?
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Botar fé na juventude

Faça a experiência. Vá num grupo de coordenadores de grupos de PJ ou mesmo num grupo de assessores e pergunte quem é a juventude. Quer que fique mais interessante? Peça para falarem sobre seus conceitos em uma ou duas palavras. Aí está feita a feira!
 
Faça uma sondagem depois. A grande maioria vai por dois caminhos distintos. Uma juventude ideal e uma juventude problemática. É praticamente líquido e certo. Não tem escapatória. A juventude ideal é aquela batalhadora, revolucionária, com coragem de mudar, fazer e acontecer, com entusiasmo, encantamento e ideais. E a juventude problemática? É a consumista, hedonista, violenta, violentada, acomodada, indiferente, apolítica.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lembranças do Encontro Nacional de Assessores

Era tarde de domingo. Sentado no banco do ônibus, cabeça encostada na janela, acabou sendo tomado pelo cansaço. O corpo de fato pedia o descanso, mas os danados dos pensamentos estavam a mil. O cérebro então, com seu alto poder de controle, resolve de vez com o dilema. Ele entrou num estado de relaxamento. Os olhos se fecharam, a cabeça repousou, os pés se acomodaram e ele dormiu. Os pensamentos, no entanto, se tornaram lembranças. E enquanto seu corpo viajava pela Dutra de volta para São Paulo, seus sonhos o carregavam novamente para o Rio de Janeiro para poder revisar tudo o que  viveu neste Encontro Nacional de Assessores.

Era a primeira vez que visitava a cidade Maravilhosa. Pelo vidro do taxi ele observava casas, o comércio, as pessoas. Tudo ali era tão similar a São Paulo, mas, estranhamente, tão diverso da sua realidade. Rodopiou entre ruas estreitas, com trilhos de bonde acompanhando os paralelepípedos. Morros, muitos morros. O taxista se perdeu e se achou. Eram ruas íngremes, ladeiras cansativas, escadarias por vários lados. E subia, subia, subia.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Existem vocações religiosas na PJ?

Agosto é o mês consagrado na Igreja para a reflexão sobre as vocações. A cada domingo é abordado um aspecto vocacional diferente (sacerdotal, familiar, religiosa, laical e catequética). Quando olhamos para nossos grupos, no entanto, vemos pouca reflexão, estudo ou aprofundamento sobre as dimensões sacerdotais e religiosas. Por que será?

Paralelamente a este questionamento, podemos olhar em qualquer levantamento que se faça sobre as dificuldades da Pastoral da Juventude. Certamente entre os cinco primeiros problemas que forem levantados estará a falta de apoio do clero. Por que será?

Se todos os documentos da Igreja dizem que o jovem é o rosto da Igreja e o seu futuro, o que falta para que os grupos de jovens trabalhem na dimensão vocacional o aspecto sacerdotal e religioso? E o que falta para que os padres e religiosos acolham melhor os jovens que provém da Pastoral da Juventude?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Lugar de gente feliz

Dentro das reflexões do Dia Nacional da Juventude sobre “Que vida vale a pena ser vivida”, gostaria de trazer alguns pensamentos a respeito do tema “felicidade”. Quero partir de alguns exemplos que eu presenciei para podermos discutir nossas opções pastorais.

Cena 1:
É uma classe do então 3º colegial (que hoje se chama ensino médio). Aula de língua portuguesa. A professora que chegara à sala iria solicitar que os alunos escrevessem uma redação. Antes, porém, ela pediu a eles que desenhassem um círculo na folha do caderno, de modo que coubesse uma ou mais palavras dentro e fora do desenho. Dentro do círculo estava o objetivo principal da sua vida, ao redor do círculo, objetivos secundários e mais distante do círculo estavam as metas para alcançar os objetivos mencionados. A partir do desenho, eles iriam escrever uma redação. Um aluno travou. O que ele iria colocar como objetivo principal da sua vida. Nunca havia pensado nisso em seus dezessete anos de vida. Objetivo principal seria a última linha de chegada. Não, não era sucesso profissional, não era constituir família, não era viajar o mundo, nem aprender a nadar. Todas estas coisas deveriam ser etapas para conseguir alcançar algo maior. E então ele teve uma epifania. Estes objetivos secundários todos serviriam para alcançar sua felicidade. Seu objetivo principal na vida era ser feliz.