sábado, 17 de outubro de 2020

Como você vê a juventude?

Não sei se você já parou para pensar como o jeito com o qual você trabalha com a juventude está profundamente ligado com o entendimento que tem do que é ser jovem. A gente não precisa ser estudioso da sociologia (embora isso ajude bastante) para entender que diferentes visões implicam em diferentes ações e posturas.

Claro que eu não quero ser simplista e achar que somente este aspecto (o que você entende por ser jovem) seria a única ligação que indica a maneira como você trabalha com ou para eles. Esse olhar para a juventude é um dos fatores que moldam o estilo do seu trabalho. Há outros fatores. Os grupos com os quais convive tem um peso, assim como o contexto da sua realidade contribui e muito também, por exemplo. Mas hoje eu quero dar um enfoque especial a este olhar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Ele vem pra me dar a mão

O ano era 2017, finzinho do mês de maio. Entre uma e outra mensagem que acabo recebendo ou sendo marcado no Facebook, uma chamou minha atenção. Dias antes, eu havia brincado com a Bianca e disse para ela que queria um desenho exclusivo, feito por ela, para mim. E ela fez. É a imagem que ilustra este texto. E é também o pontapé inicial para a nossa conversa.

Na mensagem que ela me encaminhou pelo Facebook, junto a imagem, ela postou também o começo da música “Bola de Meia, Bola de gude” de Mílton Nascimento e Fernando Brant, que dizia: “Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração. Toda vez que o adulto balança, Ele vem pra me dar a mão.” Fiquei bem impactado com a mensagem, que para mim dizia bem mais do que texto e imagem transmitiam naquele primeiro instante. E isso me fez pensar muito nos dias seguintes.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Algumas questões sobre identidade

Lá estava eu novamente. Era um encontro da PJ. E não era um encontro corriqueiro. Era um grande encontro. Muita gente que lá estava, eu não conhecia. Lembro de quando estávamos todos do lado de fora, conversando, num momento de intervalo, aquela hora em que tem o cafezinho e a gente também usa como um bom momento de interação. Eu observava tudo atentamente. No momento seguinte, já dentro do salão, estávamos quase todos nós sentados nas cadeiras num formato semelhante a dois semicírculos, um mais próximo de quem falava e outro imediatamente atrás. Eu estava no fundo.

Quem falava lá na frente era a Dai Zito. Muita gente na PJ conhece a Dai. Muita gente fora, também. Isto é um fato que não causa surpresa a ninguém. Ela fala e fala bem. No entanto, no meio da sua fala eu tomei um susto ao ser citado em um exemplo que ela deu. O que me surpreendeu não foi ser citado pela Dai, o que a princípio foi bem bacana, mas o teor da fala. Era um tanto legalista.