quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O caminho da vaca


Uma jovem senhora, numa palestra que eu fui, disse certa vez que a PJ não apresenta novidade nenhuma para os jovens. Afirmou que nossas práticas e discursos são os mesmos há 30 ou 40 anos. E que a PJ, suas coordenações e lideranças precisavam ser recauchutados. 

Creio que a maioria dos leitores deste blog não iria concordar com essa jovem senhora. Claro que cada um fala do ponto de vista de sua própria história. E o olhar dela não é nada positivo ou otimista. Mas ela está totalmente certa ou errada? Vamos analisar a fala dela parte por parte para começar.

domingo, 18 de novembro de 2012

O peso da estrutura

Não são poucas as pessoas que chegam para falar comigo sobre as questões da PJ. Conhecidas ou não, daqui da minha realidade ou não, iniciantes, militantes, assessores, coordenadores, afastados, contrariados, religiosos, consagrados, homens ou mulheres, todo tipo de gente vem falar comigo.

Há um tema recorrente entre estas várias fontes: nossa organização. Para mim, isto acaba indicando uma demanda reprimida e uma necessidade real de se conversar sobre o assunto. Enfim, queria partilhar da mesma perguntar com vocês: a nossa organização pastoral é um peso?

Se alguém lhe diz que a organização da PJ é uma superestrutura, carregada demais, com instâncias, coordenações demais, hierarquias demais, como você responderia?

E, se uma jovem lhe pergunta como deve agir quando é convidada a assumir um serviço pastoral na diocese e tem que se afastar da sua jornada semanal junto ao seu grupo de base, qual seria sua orientação?

E quando um militante se mostra desiludido com os novos líderes que estão nas atuais coordenações de sua região dizendo que estes só buscam status e mordomias, o que dizer disto?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Viemos para incomodar

Sei que corro o risco de parecer simplista demais, mas quero lhe fazer uma proposta. Olhe para a história da humanidade. Perceba como se deram as grandes mudanças. Normalmente giram em torno de três eixos possíveis:

- intervenção tecnológica,
- acordos entre os chefes das nações,
- lutas, conflitos e sangue.
 
Agora, olhe novamente para a história a partir de um ponto de vista social. Eu sugiro o olhar das classes menos favorecidas. Você crê, por exemplo, que todo o aparato tecnológico surgiu para facilitar a vida destas pessoas? Era este o intuito primeiro? Foi pensando nos pobres que surgiu a imprensa? Que aconteceu a revolução industrial? Que o ser humano foi para a Lua? Que inventaram o chip do cartão de crédito?