segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ah, essas pejoteiras!

Como a maioria daqui já sabe, eu sou homem. Alguns de nós temos dificuldades de falar dos problemas femininos diante da nossa condição social masculina ou em razão da criação a que fomos sujeitos. Há ainda quem diga que só uma mulher pode falar da condição feminina, pois só ela sabe como é a dor social de ser mulher.

O fato de que eu seja homem não me impede de falar do ser feminino. Talvez eu não fale com tanta propriedade, pois não vivo “na pele” as dores e as delícias de ser mulher. E certamente seria difícil escrever um texto que contemplasse toda a sua dinâmica e todas as facetas de suas expressões. 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vou cuidar melhor de mim


Partilho com vocês hoje um relato sobre uma moça que conheci. Ela era pejoteira e tinha uma enorme dedicação ao seu trabalho pastoral. Em todas as atividades nas quais era possível ela estar, ela estava. Tomava a frente das reuniões, debatia, assumia responsabilidades, dividia serviços, delegava tarefas. Era certeza sempre encontrá-la na dianteira das atividades ou cuidando da infraestrutura. Era muito perfeccionista. Ela dizia que a vida só vale se se está a serviço.

De repente, ela passou a frequentar pouco as reuniões, encontros, assembleias. Não foi de uma vez, foi lentamente. Quanto os colegas perceberam, ela não vinha mais. Alguns foram atrás de notícias. Afinal, quem assumiria a responsabilidade de tocar para frente “aquela” próxima atividade? 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Por que um grupo acaba?


Uma característica de quem tem bastante tempo de vida pastoral é que já viu muita coisa acontecer. Coisas bacanas e coisas tristes. A nossa tendência é achar que a morte de um grupo é algo triste. Nem sempre é. Existem as mortes naturais (já comentei delas aqui), mas também existem as mortes “matadas”. É a respeito destas últimas que eu gostaria de falar.

Um grupo morre antes do tempo por fatores internos, externos ou por ambos ao mesmo tempo. É importante que consigamos entender estes fatores para podermos agir antes, evitando assim um dano maior. Sim, dano. É sempre muito triste ver um grupo para o qual dedicamos tempo e vida acabar, seja ele um grupo de base, uma coordenação paroquial ou mesmo diocesana. E as consequências disso para a continuidade de um trabalho pastoral são sempre mais complicadas.