quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estatísticas pejoteiras

Uma coisa que eu aprendi no curso de jornalismo e que a PJ me ajudou a entender melhor foi a importância das estatísticas. Elas servem para dizer um monte de coisas, sejam verdades, meias verdades, ou mesmo mentiras. Isso se dá porque os números tendem a impressionar, ainda mais se estiverem acompanhados de gráficos bonitos e textos bem escritos. Mas é importante observar o que está nas entrelinhas e nas possíveis intenções de quem escreve e de quem publica.

Por que digo isso? Porque muitas vezes nem temos dimensão do que alguns valores querem dizer. Por exemplo, dizem que a minha diocese tem mais de três milhões de habitantes. O que significa três milhões de pessoas? Você consegue quantificar isso? Consegue enxergar um povaréu deste tamanho? É muita gente! Ainda mais numa diocese pequenina territorialmente como é São Miguel Paulista. E eu acho que vou demorar muitos e muitos anos pra ter convivido ou conhecido três milhões de pessoas, se é que isso seja possível.

Números soltos, portanto, impressionam. Mas estamos falando aqui de estatísticas. E elas podem ajudar bastante nosso trabalho pastoral. Basta entender as entrelinhas, como já disse. Veja só: Você sabe hoje quantos grupos de Pastoral da Juventude existem em sua diocese? E quantos jovens são ligados a estes grupos? Saberia dizer qual o impacto que os grupos de PJ tem sobre a realidade juvenil da sua região?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

É a vista de um ponto


Eu me recordo bem de um dos encontros de formação que fizemos no Instituto Paulista de Juventude. Era um grupo de 50 jovens que batizamos de Ruah. Ao término daquele fim de semana, no momento de oração final, posicionamos 50 velas de tal maneira que elas formavam o nome do grupo. Contudo quando as pessoas entravam na sala, parecia apenas que eram velas posicionadas umas ao lado das outras, ao acaso. Contudo, ao se posicionarem num local estrategicamente pensado, era possível ter clareza da mensagem por trás daquela organização.

Assim foi no encontro, assim também é no restante de nossa vida. Nossa compreensão do mundo que nos cerca é estabelecida pelo nosso posicionamento e pelo olhar que temos a partir de onde estamos. É claro que há uma tendência da sociedade como um todo de padronização das práticas e costumes. Igrejas, escolas, a mídia e instituições em geral tentam normatizar o entendimento da realidade a partir daquilo que elas próprias concebem por padrão.

sábado, 16 de julho de 2011

Não há libertação sem risco de perder

Outro dia estava ouvindo um CD que eu aprecio muito. Era do Padre Zezinho. Dentre as canções que ele interpretava, parei para refletir numa letra que eu já cantara tantas vezes. A música era “O amor é a resposta”. E acabei ficando com o verso que dá título a este artigo na cabeça por alguns dias. Não há libertação sem risco de perder.

A princípio vieram a minha mente tantos mártires que celebramos em nossas comunidades e atividades. A partir deles nós fazemos memória das vidas doadas por uma causa. Mas no fim das contas, este é o grande paradoxo. Se nós celebramos o Deus da vida, porque lembramos daqueles que morreram por uma causa e até os colocamos como exemplos de uma vida com propósito?

sábado, 9 de julho de 2011

Coisas que aprendi na assessoria da PJ


Não quero lançar meu currículo pela internet, nem dizer que sou bom numa coisa ruim em tantas e tantas outras. Quem me conhece sabe das minhas qualidades e dos muitos defeitos. Mas não é isso que vem ao caso agora. Em tempos de dicas e de tentativas de mostrar caminhos possíveis, acho que este é um bom momento para dar um testemunho, como dizem nas igrejas por aí, e falar do aprendizado que tive nesta minha vida de assessor.

Todos os pontos que vou colocar abaixo são realmente coisas que aprendi. Nem todos eu consegui vivenciar plenamente, mas estou na busca de aprimorar. E, se testemunhos valem, digo que por tudo que está exposto aí, vale muito acompanhar os jovens. Vamos aos itens!

sábado, 2 de julho de 2011

A JMJ com um ar pejoteiro

Caminhar sempre foi uma marca forte dentro da Pastoral da Juventude. Há a memória bíblica da caminhada do povo de Deus para a Terra Prometida e há a associação deste peregrinar com a nossa luta diária, cercada de desafios, alegrias, tropeços e sonhos.

Da mesma maneira que o povo da Bíblia, nós também não caminhamos para qualquer lado, como se fôssemos baratas tontas. Pejoteiros bem formados caminham com o olhar para um horizonte, com objetivos e metas concretas. Não andam por andar. E por onde passam, deixam suas marcas, as pegadas de suas histórias para servir de guia ou indicativos para quem vem depois.

Estamos às vésperas de uma nova peregrinação. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude. Este ano ela acontecerá em Madri no mês de agosto. Reunirá centenas de milhares de jovens. Entre estes, muitos jovens da Pastoral da Juventude.