quinta-feira, 8 de março de 2018

Sei que sou machista

Sou machista. Digo isso sem nem um pingo de orgulho e sem a expectativa de aplausos ou vaias. É a constatação de um fato. Sou e sei que não deveria sê-lo. Sou, mesmo sabendo que este machismo que habita em mim hoje é menor do que já foi um dia e carrego a esperança de que ele seja hoje maior do que nos dias que se aproximam.

Nasci e cresci do mesmo jeito que muitos de nós: sabendo que as havia coisas de homem e coisas de mulher. Uma dessas coisas de mulher era cuidar dos filhos, servir à família, zelar pelo lar e obedecer ao chefe da casa. Tristes eram aquelas que não geraram filhos.

Eu sou homem e crescer neste ambiente me pareceu ser bom. Isto implicava que eu deveria cumprir meu roteiro. Ser forte, ter iniciativa, prover o lar, não demonstrar sentimento ou fragilidade, não falhar, vencer sempre.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

De onde veio a Juventude?

Gosto muito de etimologia. Saber de onde as palavras vieram, como se estruturaram, qual era o seu sentido original e como ele foi mudando através do tempo. Entender isto pode ajudar a modificar alguns conceitos e preconceitos.
Por esta razão fui atrás da palavra Juventude. Para nós da PJ é algo que vai além da mera curiosidade. Quando falamos do próprio nome, saber o seu significado e os sentidos que lhe foram atribuídos é falar de nós mesmos, da nossa origem e de quem somos e de quem podemos ser.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Por uma PJ mais utópica

Há palavras e termos que utilizamos constantemente no meio pastoral. Civilização do amor, espiritualidade libertadora, projeto de vida, planejamento, processo, solidariedade, utopia entre tantas outras. O uso constante de um termo ou expressão, com o tempo, permite que aumente o risco de virar um chavão sem o peso do sentido original que lhe foi dado.

Veja “Utopia”. Por que usamos esta palavra? Por que ela nos é cara e importante? Entre tantas utopias e distopias, para onde escolhemos caminhar? E você? Tem ideia do que afirma quando fala em utopia ou  horizonte utópico?

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Será que eu sou pejoteiro?

O que te faz pejoteiro? Que marca é essa que você identificou em sua jornada e que lhe fez abraçar com alegria ser aquilo que você é? Eu estava falando outro dia com uma pejoteira sobre as opções que fazemos em nossa vida, sobre aquilo que nos identifica e das quais não abrimos mão.

Também conversei na semana passada com uma outra pessoa sobre as mudanças que fazemos, as concessões que abrimos, para ser deste ou daquele grupo, para podermos ser aceitos ou para que esta ou aquela ideia seja aprovada. Até onde vai nossa negociação, sem que a gente corra o risco de se corromper, de vestir máscaras ou de perder a própria identidade?

Tenho comigo algumas impressões sobre o que nos faz sermos pejoteiros. Fatores e opções que nos marcam, sejamos nós do grupo de base, da coordenação, da assessoria ou de quaisquer outras estruturas e serviços. Partilho com você que lê este texto apenas 12 destas características identitárias. E coloco em link no título alguns dos textos que já escrevi aqui que podem ajudar a aprofundar a ideia.