quinta-feira, 26 de maio de 2011

O negócio é curtir o momento. O resto é resto.

O ontem já era. O amanhã não é certeza. O que temos de real é só o hoje. Ou talvez nem isso. O que temos mesmo é o momento de agora. Curto mesmo. Eu tenho mesmo é que aproveitar. Bobagem pensar que existe algo além daquilo que se vive no aqui e no agora. É o instante! Piscou, já foi. Virou sombra na neblina.

E o que está feito, está feito. Não há como consertar ou voltar atrás numa atitude tomada. É bobagem se arrepender. Para que existe a culpa? Só para te deixar com um sentimento de peso e de remorso. Bobagem, novamente, bobagem, eu digo. Quem se arrepende do que faz, tem medo de viver; viva e deixe acontecer, eu sempre repito.

sábado, 21 de maio de 2011

E quanto à Jornada Mundial da Juventude?

Num outro artigo deste blog, eu defendi que é preferível que trabalhemos, enquanto Pastoral da Juventude, com os grupos de base ao invés de preferir os eventos de massa. Contudo, esta relação não pode ser de exclusividade, ou seja, uma coisa ou outra coisa. Há de se encontrar um ponto pacífico de convivência entre estas duas formas de trabalho.

Neste mesmo artigo também há a ideia de que eventos de massa só são válidos se for feito um trabalho prévio com os grupos, sobre a proposta do encontro, sobre como se preparar para ele e sobre como ele pode ser útil pastoralmente.

Se já foi dito isto, por que voltar ao assunto? Porque o assunto voltou à pauta, mas agora com algumas outras variáveis que não estavam no artigo original. Não estamos falando de um evento de massa qualquer. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá este ano em Madri e, possivelmente, em 2013 no Brasil. No que é que isto implicará?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Há que se cuidar do broto

Eu nunca fui atrás do significado original da música “Coração de Estudante”. E não é porque eu não goste de fazer isto, aliás gosto muito de ir atrás das raízes das músicas das quais eu gosto. Mas no caso desta canção, gosto dos múltiplos sentidos que ela me proporciona. Um deles tem a ver com o nosso trabalho pastoral.

Mas renova-se a esperança / Nova aurora, cada dia / E há que se cuidar do broto / Pra que a vida nos dê flor e fruto”. Não há como negar a importância dos brotos. Não há árvore que dure para sempre. Algumas podem até duram longos anos, mas não são a maioria. O cultivo das pequenas mudinhas garantiram alimentação e sobrevivência dos seres humanos e diversidade no universo agrícola.

E no nosso mundo pejoteiro, também não há como não fazer uma associação imediata aos "brotos", aos grupos de jovens. Eles estão esparramados e articulados pelo país; não há PJ que se sustente ou que se legitime sem eles. Não sou um “basista”, porque acredito que a PJ não é só grupos de base, mas não há como nenhum pejoteiro negar que eles são uma das peças principais deste mundo da PJ.

domingo, 15 de maio de 2011

Roteiro de santidade

Quando se participa de uma comunidade católica, normalmente se tem uma devoção ou carinho especial pelo santo padroeiro que o povo daquela localidade homenageia. Há mais santos e santas catalogados do que dias no ano. Histórias belíssimas de alguns. Histórias estranhas para nossa cultura se olharmos a vida de outros. Há santos com vários títulos e dias distintos voltados a sua lembrança, como é o caso de Maria, mãe de Jesus, ou mesmo de são José (19 de março e 1° de maio), por exemplo.

Mas há uma observação que faço na Pastoral da Juventude, que não sei ainda se é puramente uma falsa impressão ou uma realidade estranha. Com exceção à figura de Nossa Senhora, não percebo uma devoção explícita aos santos e santas apontados pela Igreja. Será isso mesmo?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quer ser mais um na multidão?


Toda a semana, religiosamente por dez vezes eu faço a mesma experiência. De segunda a sexta-feira, duas vezes por dia. Normalmente por volta das oito da manhã e das cinco e meia da tarde. Não posso considerar uma experiência científica porque os resultados não se repetem. Normalmente inicio imaginando algumas possibilidades, mas vira e mexe sou surpreendido. Confesso não é algo muito agradável de ser feito na maioria das vezes, mas geralmente é algo inspirador. Tanto isto é verdade que esta experiência me motivou a iniciar o texto de hoje.

Todos os dias de segunda a sexta feira eu utilizo o transporte público de São Paulo para ir trabalhar e para voltar para casa. Eu e milhares de pessoas. Todos estes dias eu faço a experiência de ser um na multidão. E sei que encontrarei pessoas que nunca mais verei na vida. Somos uma multidão de iguais, mesmo sendo muito diferentes.

Você já fez uma experiência semelhante? Já andou numa rua cheia de gente desconhecida, apressada? Já pegou ônibus ou avião em véspera de feriado? E, caso tenha feito algo semelhante a isto, já reparou que pouca gente repara nos outros? Eu reparo.

E tem algo fascinante nisto tudo. A maioria das pessoas não quer chamar a atenção, mas gosta de (ou opta por) se apresentar bem. E se apresentar bem é seguir o senso comum daquilo que é socialmente bem aceito. Mas o fascinante ao qual me referi não é o senso comum, mas a ruptura. Não há quem não repare em um penteado, um vestido, um piercing, uma camiseta ou qualquer peça ou postura que pareça fora do padrão. Não digo que estas pessoas (maioria jovens) se utilizem destes recursos para chocar. Alguns até se chocam. Mas creio que eles queiram marcar sua presença numa sociedade de “iguais”.

E, por falar em pastoral, o que uma coisa tem a ver com a outra? Ah sim. Dá para começar uma conversa boa com isto. E a continuidade desta conversa vai depender da reação que você vai ter com este texto.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O segredo do sucesso das organizações

Em tempos de auto-ajuda empresarial, onde qualquer dica simples vira “o desvendar do mito” que pode “render milhões”, foi provocativo e intencional colocar um título como este neste artigo. Que bobagem! Ao final da leitura, qualquer texto publicado na internet deixaria de ser segredo. A intenção era ser um título atrativo.

A palavra “segredo”, por conta disto, possui a sua magia. Quem coloca um título com esta palavra, disseram-me os entendidos em textos de internet, atrai muito mais visitas. Não duvido disso não. Aliás, até creio que eles estejam com a razão. Este é um teste!

Mas como um texto não se faz somente com o título, é preciso que tenha algum conteúdo também! E não pode ser um conteúdo mentiroso ou enganador. Se eu quero partilhar um “segredo de sucesso”, tem de ser algo valha a pena o sacrifício da leitura.

E é um segredo simples, uma dica até meio óbvia, mas que os compromissos e atividades cotidianas por vezes nos fazem esquecer ou deixar para trás. E olhando para nossa atividade pastoral, sinto que em alguns casos este segredo não chega a ser secreto. É apenas esquecido ou engolido pelas tarefas e estruturas que temos e pelas que são criadas.