quinta-feira, 29 de abril de 2010

O ser Pastoral

Quando falamos em pastoral, a primeira reflexão a ser feita é tirada do Evangelho de João (Jo 10,1-15). Nela é apresentada a figura do Bom Pastor, em contraposição ao mercenário. Há al-gumas características do Bom Pastor que valem a pena serem ressaltadas para início de conversa:

Nova mulher e novo homem

Quando olhamos para a vida de Jesus, acreditamos que ele era sim o filho bem amado de Deus. Seu estilo e sua proposta revelavam como deveria ser a humanidade e como o Pai queria que o mundo fosse desde o princípio dos tempo: o ser humano é filho de Deus, irmão dos outros e administrador da criação e não “Senhor” de Deus, inimigo do irmão e explorador da criação. O mundo é a casa da grande família de Deus, onde todos se sentem bem.

Esta nova mulher e novo homem têm os traços de Jesus e são inspirados nele: são livres, solidários, comunitários, proféticos, joviais, contemplativos, gente de esperança e de ação. A Pastoral da Juventude se propõe a valorizar e reconhecer a pessoa humana em todas as suas dimensões, enfatizando o gestar dessa nova mulher e desse novo homem, vivenciando suas diferenças e valorizando o que é próprio de cada um.

Maria de Nazaré, Maria da Juventude

Olhemos para o povo de nossas comunidades. O amor que dedicam a Nossa Senhora é sempre de muita devoção e carinho. Com a juventude pejoteira não é diferente. Há uma identificação muito grande, pois Maria foi uma jovem que disse Sim ao projeto de Deus. Além disso se sabe pela tradição e pelas escrituras que Maria era uma moça alegre e simples. Ela aprendeu a ler e interpretar as escrituras. Era conhecedora da história de Israel e das promessas de Deus. Quando recebeu a visita do anjo que lhe fez a proposta de ser mãe do Messias, não aceitou prontamente. Quis primeiro saber como se dariam estas coisas. Com a explicação, pôs-se à disposição com fé e entrega.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Igreja - fonte de espiritualidade para a PJ

Não, este não será um tópico que ganhará unanimidade. Não quero falar de uma Igreja ideal, porque ela sendo formada por seres humanos tem suas falhas. Mas quero falar de uma Igreja como sinal de esperança de um mundo novo, pois ela existe para ser continuadora da missão de Jesus. E assim sendo precisa ser profética, anunciando a Sua Boa Nova e denunciando onde a vida não é levada a sério. A Igreja que é fonte da espiritualidade pejoteira, se fortalece com o testemunho dos santos e mártires, celebra a vida, evangeliza e se incultura e chama os jovens à missão. É mais do que Povo de Deus. É família de Deus, onde as pessoas se sentem acolhidas, em comunhão e tem espaço para participar. É de fato uma assembléia de fiéis que se compromete solidariamente, sendo despojada e optando pelos pobres. Sabe ser jovem com os jovens, é ministerial e celebra a vida no mistério de Cristo.

Pareceu uma Igreja ideal demais??

Espiritualidade tem a ver com Espírito Santo...

Assumir a postura de luta pelo Reino, exige uma mudança interior. E nos diz o texto evangélico que ninguém se transforma ou se converte se não for motivado pelo Espírito. (Cf. Jo 3,5). É Ele a luz que nos ilumina, o vento que nos empurra, o fogo que nos esquenta e que provoca o entendimento entre as pessoas (Cf. At 2,1-11).

domingo, 25 de abril de 2010

O Reino de Deus

Sou chamado por alguns amigos a ir falar com grupos juvenis a respeito de metodologia e objetivos da Pastoral da Juventude. E em muitos destes lugares eu começo a conversa falando que a PJ tem os mesmos objetivos da Igreja Católica. Até aí, ninguém se assusta. Mas quando o questionamento recai sobre quais são os objetivos da Igreja, a conversa começa a esquentar. Acontece um debate gostoso na maioria das vezes até chegarmos a conclusão de que a Igreja é a continuadora do projeto de Jesus. E a PJ não pode fugir deste objetivo também.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A espiritualidade cristocêntrica da PJ

A espiritualidade da Pastoral da Juventude é caracterizada na maneira com que vemos, percebemos, sentimos e expressamos a presença de Deus no nosso cotidiano. Contudo, isso não se dá de qualquer maneira e de um jeito igual para todo mundo. Encontrar a Deus no dia a dia pode se dar das maneiras mais imprevistas. E essa experiência é sempre de amor e muito pessoal. Acreditamos que Deus nos ama e esse amor se tornou concreto na pessoa de Jesus de Nazaré. Sua vida nos inspira até hoje. Seguir seus passos é o modelo de vida daqueles que se dizem cristãos. O centro da fé cristã está depositado em sua ressurreição.

Dificuldades do jovem para cultivar a espiritualidade

Quando olhamos para a nossa sociedade, uma das grandes caracteríticas que podemos perceber é que estamos cercados por uma cultura do consumo. A propaganda liga produtos e coisas ao reconhecimento social das pessoas. É o tal do Ter para Ser. Por isso, os objetos que usamos ou consumimos deixam de ser meros objetos para se tornarem um cartaz que carregamos e que diz que tipo de pessoas somos ou gostaríamos de ser. Este ambiente materialista é um primeiro obstáculo à vivência da espiritualidade, pois tudo se torna aparência e se reduz tudo à mercadoria.

O que é mesmo Espiritualidade Pejoteira?

Procure um jovem e pergunte para ele o que ele entende por espiritualidade. Muitos não darão nenhuma resposta cheias de discursos teológicos. Outros dirão que tem a ver com “as coisas de Deus” ou que seria fazer a experiência de Deus. Os discursos podem não ser os mais completos, mas a intuição do que seja está bem clara. Eu mesmo já fiz esta experiência com alguns jovens e recebi respostas bem bacanas. Houve jovens que me disseram que espiritualidade é ver, julgar, agir segundo o Evangelho, seguindo aquilo que o Espírito Santo nos inspira, vivendo como filhos de Deus, sentindo a Deus presente em nossa vida por meio de Jesus Cristo.