Num outro artigo deste blog, eu defendi que é preferível que trabalhemos, enquanto Pastoral da Juventude, com os grupos de base ao invés de preferir os eventos de massa. Contudo, esta relação não pode ser de exclusividade, ou seja, uma coisa ou outra coisa. Há de se encontrar um ponto pacífico de convivência entre estas duas formas de trabalho.
Neste mesmo artigo também há a ideia de que eventos de massa só são válidos se for feito um trabalho prévio com os grupos, sobre a proposta do encontro, sobre como se preparar para ele e sobre como ele pode ser útil pastoralmente.
Se já foi dito isto, por que voltar ao assunto? Porque o assunto voltou à pauta, mas agora com algumas outras variáveis que não estavam no artigo original. Não estamos falando de um evento de massa qualquer. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá este ano em Madri e, possivelmente, em 2013 no Brasil. No que é que isto implicará?
Há algumas coisas meio óbvias a respeito da JMJ, mas que são necessárias serem ditas para que fique claro e que ninguém tenha uma ideia ingênua demais e nem restritiva demais.
As JMJ’s, no Brasil, são organizadas pelo setor juventude da CNBB, do qual a PJ faz parte. Existe uma comissão deste setor responsável pela preparação dos jovens para a jornada de Madri. E há membros das PJ’s nela. Sobre o setor juventude, quero opinar mais num próximo artigo, mas é claro que é um ambiente onde a PJ é uma parte e não maioria (como nenhum dos grupos ali o é) e precisa usar de um potencial argumentativo maior para poder apresentar suas opiniões.
Na realidade local ou diocesana de vocês também pode estar havendo alguma movimentação em torno desta e/ou da próxima JMJ. Neste caso é difícil dar uma opinião genérica, que valha para todos os casos, pois corro o risco de opinar sobre uma situação que não conheço. Mas, mesmo assim, opino. De um modo geral, onde for possível participar, seria muito bom que a PJ estivesse nas organizações destas etapas prévias (sejam jornadas diocesanas da juventude, sejam momentos celebrativos e de catequese com a juventude local), junto com outros movimentos juvenis e novas comunidades. Por que “onde for possível”? Porque sabemos que em muitos lugares ou não há PJ organizada ou não há abertura para a PJ ajudar em eventos como estes.
E por que eu acho que é importante estar juntos nesta organização? Por dois simples motivos: se não estamos, certamente não haverá possibilidade do evento ter nenhuma característica pejoteira. Contudo, mesmo que estejamos juntos, tal garantia não existe, podem argumentar outros. Pessoalmente, acho que vale mais errarmos por termos tentado do que por não termos. E, segundo, porque PJ também é Igreja.
JMJ não é uma atividade da PJ. Diretamente não é. Mas é uma atividade que vai marcando terreno a cada ano que passa e com a possibilidade do Brasil entrar no roteiro e na história, sediando uma jornada, não há como negar a importância e o impacto pastoral que isto trará. Temos o direito de abrir mão de uma oportunidade como esta? E estamos preparados para contribuir à nossa maneira?
Como a PJ pode contribuir e ter um bom aproveitamento pastoral com uma atividade como a JMJ? Trazendo a reflexão nas atividades prévias (sejam aquelas organizadas pelo setor juventude ou organizadas pela própria PJ) da importância da evangelização juvenil e seu caráter na caminhada para o Reino de Deus. Procurando contribuir para que estas atividades tragam também o debate sobre a realidade juvenil e as cruzes e ressurreições da vida cotidiana do jovem.
A JMJ é o ponto alto de uma preparação. É momento celebrativo, de congraçamento entre realidades culturais, juvenis e eclesiais diferentes e de catequese também. Mas, como dizem, o bom da festa não é a festa, mas sua preparação, que consigamos dar um rosto também pejoteiro às JMJ’s. E que não percamos o foco de que o objetivo é “manifestar como a fé em Cristo nos faz todos filhos do único Pai que está nos céus e construtores da civilização do amor” (Bento XVI, Ângelus, 27 de julho de 2008). Que saibamos dar um rosto pejoteiro a tudo isto.
Quer saber mais? É só clicar para saber sobre os símbolos ou também sobre a história das JMJ’s.
Neste mesmo artigo também há a ideia de que eventos de massa só são válidos se for feito um trabalho prévio com os grupos, sobre a proposta do encontro, sobre como se preparar para ele e sobre como ele pode ser útil pastoralmente.
Se já foi dito isto, por que voltar ao assunto? Porque o assunto voltou à pauta, mas agora com algumas outras variáveis que não estavam no artigo original. Não estamos falando de um evento de massa qualquer. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá este ano em Madri e, possivelmente, em 2013 no Brasil. No que é que isto implicará?
Há algumas coisas meio óbvias a respeito da JMJ, mas que são necessárias serem ditas para que fique claro e que ninguém tenha uma ideia ingênua demais e nem restritiva demais.
As JMJ’s, no Brasil, são organizadas pelo setor juventude da CNBB, do qual a PJ faz parte. Existe uma comissão deste setor responsável pela preparação dos jovens para a jornada de Madri. E há membros das PJ’s nela. Sobre o setor juventude, quero opinar mais num próximo artigo, mas é claro que é um ambiente onde a PJ é uma parte e não maioria (como nenhum dos grupos ali o é) e precisa usar de um potencial argumentativo maior para poder apresentar suas opiniões.
Na realidade local ou diocesana de vocês também pode estar havendo alguma movimentação em torno desta e/ou da próxima JMJ. Neste caso é difícil dar uma opinião genérica, que valha para todos os casos, pois corro o risco de opinar sobre uma situação que não conheço. Mas, mesmo assim, opino. De um modo geral, onde for possível participar, seria muito bom que a PJ estivesse nas organizações destas etapas prévias (sejam jornadas diocesanas da juventude, sejam momentos celebrativos e de catequese com a juventude local), junto com outros movimentos juvenis e novas comunidades. Por que “onde for possível”? Porque sabemos que em muitos lugares ou não há PJ organizada ou não há abertura para a PJ ajudar em eventos como estes.
E por que eu acho que é importante estar juntos nesta organização? Por dois simples motivos: se não estamos, certamente não haverá possibilidade do evento ter nenhuma característica pejoteira. Contudo, mesmo que estejamos juntos, tal garantia não existe, podem argumentar outros. Pessoalmente, acho que vale mais errarmos por termos tentado do que por não termos. E, segundo, porque PJ também é Igreja.
JMJ não é uma atividade da PJ. Diretamente não é. Mas é uma atividade que vai marcando terreno a cada ano que passa e com a possibilidade do Brasil entrar no roteiro e na história, sediando uma jornada, não há como negar a importância e o impacto pastoral que isto trará. Temos o direito de abrir mão de uma oportunidade como esta? E estamos preparados para contribuir à nossa maneira?
Como a PJ pode contribuir e ter um bom aproveitamento pastoral com uma atividade como a JMJ? Trazendo a reflexão nas atividades prévias (sejam aquelas organizadas pelo setor juventude ou organizadas pela própria PJ) da importância da evangelização juvenil e seu caráter na caminhada para o Reino de Deus. Procurando contribuir para que estas atividades tragam também o debate sobre a realidade juvenil e as cruzes e ressurreições da vida cotidiana do jovem.
A JMJ é o ponto alto de uma preparação. É momento celebrativo, de congraçamento entre realidades culturais, juvenis e eclesiais diferentes e de catequese também. Mas, como dizem, o bom da festa não é a festa, mas sua preparação, que consigamos dar um rosto também pejoteiro às JMJ’s. E que não percamos o foco de que o objetivo é “manifestar como a fé em Cristo nos faz todos filhos do único Pai que está nos céus e construtores da civilização do amor” (Bento XVI, Ângelus, 27 de julho de 2008). Que saibamos dar um rosto pejoteiro a tudo isto.
Quer saber mais? É só clicar para saber sobre os símbolos ou também sobre a história das JMJ’s.
Sabia reflexão sobre a JMJ. Pois não achava que a PJ devesse estar numa atividade de "massa" como esta, até que um dia estava numa reunião do 'setor juventude' e pediram dois representantes para ir a JMJ em Madri. Logo colocaram, e todos concordou de escolher representantes das pastorais que não tinham representantes e nem como enviar ninguem, por motivos financeiros, escolhido a PJ e a PU. Sabemos que a PU, hoje começa a se organizar como "setor universitario", pois dentro dela há jovens de varios movimentos; tanto que os nomes sugeridos eram de jovens de movimentos que iriam para a JMJ pela PU. Bem o fato é que não acharam um nome e acabaram por escolher um jovem do movimento de schoenstantt, no qual este movimento vai com -+25 jovens pelo movimento e +1 pela diocese. A pergunta que me roda, e com certeza roda a cabeça de muitos jovens, é será que o setor juventude é um orgão de juventude ou da juventude? e será que os movimentos entram no setor para garantir "beneficios" da diocese local? Acredito que chegará uma hora em que precisarão responder estas perguntas. Eu continuo minha caminhada pastoral, estando presente nos meios de discussão de/da juventude; defendendo suas causas, lutas, bandeiras e sonhos.
ResponderExcluirSou João Paulo Poças, vice coordenador da PJLondrina/PR e atual coordenador do setor juventude de Londrina, construindo e lutando por um projeto diocesano para o setor juventude. Pra que ele existe? Deve ter uma "cara"? É necessario ter atividades proprias?
"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só; mas sonho que se sonha junto é REALIDADE" (D. Helder Camara)
complementando meu comentario... continuo achando que a PJ deve estar neste evento de massa a JMJ, e tambem no setor. Acredito termos argumentos positivos para que nossa "cara" pastoral, mesmo que monoria, seja prevalecida nestas atividades.
ResponderExcluirJoão Paulo, suas colocações são muito importantes. Num dos próximos artigos quero falar novamente do setor juventude e suas perguntas já me ajudaram a dar um pouco da linha que pretendo adotar. Obrigado! Abraço e coragem!
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