Há quem ache que o universo conspire em seu favor. Há quem acredite em destino. Há até gente que crê que quem espera tudo alcança. Como pejoteiro, não acredito nisto. Não condeno quem acredita, mas esta crença não faz parte do meu dia a dia. E explico o porquê.
O que me faria mais merecedor do que outros a respeito dos benefícios que o universo poderia dar a mim? Imagine que você se descobre este sortudo. Pronto. Agora estaria tudo muito mais fácil. Não importa o que se fizesse. O universo todo iria se rearranjar para o seu benefício.Quem é pobre já entenderia sua situação. Não são as injustiças, a ganância de alguns ou a corrupção que o deixaram pobre. É o tal do universo que não conspirou a seu favor. O mesmo raciocínio vale para times que só perdem, pessoas com desilusões amorosas ou para povos que vivem longas ditaduras.
É algo semelhante ao destino. Está traçado. Está escrito. Se assim fosse, meu caro e minha cara, você não teria opção. O que você faz, fez ou fará já estaria predeterminado. Se você ganhou na loteria é porque tinha que ganhar. Se sua mãe machucou o braço numa queda besta na calçada da padaria é porque ela já estava marcada. Não teríamos liberdade de escolher. Tudo seria destino.
Ou ainda o caso do “tudo alcança quem espera”. Desculpe se eu o decepciono. Mas se vai esperar, espere sentado porque em pé doem as pernas. Aquele que vive a esperar corre o risco de ver passar o trem da história diante dos seus olhos e acabar não embarcando nele.
Jovem pejoteiro acredita na proposta de Jesus. Acredita no Reino de Deus e na Civilização do Amor. Elas não são palavras vazias ou sem sentido. É uma crença que rege as relações entre as pessoas. Não é algo pelo qual o universo conspire, ou que já esteja predestinado ou pelo qual se deva esperar.
O Reino de Deus é a utopia que nos anima a caminhar. Dizia Eduardo Galeano: “Utopia [...] ella está en el horizonte. Me acerco dos pasos, ella se aleja dos pasos. Camino diez pasos y el horizonte se corre diez pasos más allá. Por mucho que yo camine, nunca la alcanzaré. Para que sirve la utopia? Para eso sirve: para caminar”. Em português: “A utopia está no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
Quem não conhece a PJ dirá que esta é uma caminhada inútil ou que é algo como dizia Zeca Pagodinho “Deixa a vida me levar”. Pejoteiro não deixa a vida o levar pelos rumos que o destino, o universo ou as casualidades possam apontar. Pejoteiro caminha em direção a sua utopia. E enquanto caminha, conversa, troca ideias, levanta o irmão caído, aponta onde a cultura de morte está prevalecendo, luta contra o comodismo, canta e dança as belezas da vida e é um exemplo contrário ao consumismo e às tentações que massificam o ser humano.
O coração do jovem pejoteiro anseia pela Civilização do Amor. O fogo que arde dentro do peito da jovem pejoteira nos faz acreditar que os seus sonhos apontam para um Novo Sol. Perdoem-me os físicos e os céticos, mas eu creio que o que move o mundo são os sonhos que se buscam construir.
E se são os sonhos que fazem o mundo girar, que nós também não fiquemos parados. É na caminhada que se constrói o Reino. É andando que encontramos novas maneiras de andar. É no encontro com o outro que nos reconhecemos. E é amando que entendemos que isto tudo tem realmente um sentido.
O que me faria mais merecedor do que outros a respeito dos benefícios que o universo poderia dar a mim? Imagine que você se descobre este sortudo. Pronto. Agora estaria tudo muito mais fácil. Não importa o que se fizesse. O universo todo iria se rearranjar para o seu benefício.Quem é pobre já entenderia sua situação. Não são as injustiças, a ganância de alguns ou a corrupção que o deixaram pobre. É o tal do universo que não conspirou a seu favor. O mesmo raciocínio vale para times que só perdem, pessoas com desilusões amorosas ou para povos que vivem longas ditaduras.
É algo semelhante ao destino. Está traçado. Está escrito. Se assim fosse, meu caro e minha cara, você não teria opção. O que você faz, fez ou fará já estaria predeterminado. Se você ganhou na loteria é porque tinha que ganhar. Se sua mãe machucou o braço numa queda besta na calçada da padaria é porque ela já estava marcada. Não teríamos liberdade de escolher. Tudo seria destino.
Ou ainda o caso do “tudo alcança quem espera”. Desculpe se eu o decepciono. Mas se vai esperar, espere sentado porque em pé doem as pernas. Aquele que vive a esperar corre o risco de ver passar o trem da história diante dos seus olhos e acabar não embarcando nele.
Jovem pejoteiro acredita na proposta de Jesus. Acredita no Reino de Deus e na Civilização do Amor. Elas não são palavras vazias ou sem sentido. É uma crença que rege as relações entre as pessoas. Não é algo pelo qual o universo conspire, ou que já esteja predestinado ou pelo qual se deva esperar.
O Reino de Deus é a utopia que nos anima a caminhar. Dizia Eduardo Galeano: “Utopia [...] ella está en el horizonte. Me acerco dos pasos, ella se aleja dos pasos. Camino diez pasos y el horizonte se corre diez pasos más allá. Por mucho que yo camine, nunca la alcanzaré. Para que sirve la utopia? Para eso sirve: para caminar”. Em português: “A utopia está no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
Quem não conhece a PJ dirá que esta é uma caminhada inútil ou que é algo como dizia Zeca Pagodinho “Deixa a vida me levar”. Pejoteiro não deixa a vida o levar pelos rumos que o destino, o universo ou as casualidades possam apontar. Pejoteiro caminha em direção a sua utopia. E enquanto caminha, conversa, troca ideias, levanta o irmão caído, aponta onde a cultura de morte está prevalecendo, luta contra o comodismo, canta e dança as belezas da vida e é um exemplo contrário ao consumismo e às tentações que massificam o ser humano.
O coração do jovem pejoteiro anseia pela Civilização do Amor. O fogo que arde dentro do peito da jovem pejoteira nos faz acreditar que os seus sonhos apontam para um Novo Sol. Perdoem-me os físicos e os céticos, mas eu creio que o que move o mundo são os sonhos que se buscam construir.
E se são os sonhos que fazem o mundo girar, que nós também não fiquemos parados. É na caminhada que se constrói o Reino. É andando que encontramos novas maneiras de andar. É no encontro com o outro que nos reconhecemos. E é amando que entendemos que isto tudo tem realmente um sentido.
Excelente texto. Vou divulgar pelas bandas de Niterói.
ResponderExcluirAbraço,
Rafa
PJ Ingá-Niterói-RJ