É uma grande alegria poder ter entre os artigos deste blog um texto da querida Ana Cláudia. Corre um sangue legitimamente pejoteiro nas veias desta mulher. Foi coordenadora e assessora regional no Sul 1. É até hoje um dos meus referenciais no que diz respeito ao amor que deve se dar ao trabalho pastoral. É uma honra tê-la por aqui, Ana.
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Quando Rogério me pediu para falar sobre o tema jovem ser pessoa, vieram diversas idéias na cabeça, várias histórias, algumas músicas que fizeram e marcaram o período “jovem” da minha vida. Apesar de me sentir bem disposta para muita coisa, os anos passam e tenho clareza que para algumas questões o tempo já passou e mesmo com toda disposição do mundo, sei que agora cabe a outros continuar a caminhada. Claro que posso contribuir, existem diversas outras formas de fazê-lo sem fazer o que cabe aos protagonistas desta história.
Bem, mas chega de enrolação e vamos ao que interessa! Mas afinal, o que entendemos por “Jovem: ser pessoa”? Não vou dar nenhuma denominação teórica, mas romantica da coisa, um pouco parecido comigo. Ser jovem é aprender que o amor vai além do que compreendemos, é não ter medo, é saber se encantar com as pequenas coisas, sentir a brisa no rosto, sem se preocupar com as rugas. Compromissos (e quanto compromisso!), para outros descompromisso, momento de arriscar e buscar o que nos faz feliz.
Contudo, para falar deste tema, nada melhor que destacarmos a importância da dimensão afetiva nesse processo. Pois é na experiência do grupo que podemos crescer enquanto pessoa. Neste período da vida gostamos de falar de nós mesmos, da família, do trabalho, da escola, dos momentos de lazer. E a experiência grupal contribui para esse crescimento pessoal.
Com o passar do tempo estarão preocupados com a comunidade e os problemas que a cercam. Por isso nesta perspectiva pedagógica é importante uma formação integral. Para os pjoteiros e pjoteiras de plantão, nem precisamos nos aprofundar. Mas para aqueles que desconhecem o assunto vale a pena ler sobre o assunto.
Os jovens sempre estiveram inseridos em diversos espaços, mas atualmente mais do que nunca este processo se torna muito mais dinâmico e podemos ver jovens que ocupam os mesmos espaços que os adultos, por isso é importante, que não sejamos tentados simplesmente à comparar os jovens dos anos 60, 70, 80 e 90 com os jovens de agora, pois isso não reflete a realidade juvenil atual. Os jovens de hoje são pessoas inseridas no mundo da informação, com anseios e desejos diferenciados. Que devem ser respeitados.
O importante para quem está lendo este artigo é apenas entender, que quando nos tornamos adultos, o grande encanto é perceber que tudo aquilo que fizemos não foi em vão e que um dos frutos que ficam deste processo são os amigos e amigas deste período que permanecem. Pra não ser injusta com o numeroso número de pessoas que continuam contribuindo com a minha existência, prefiro não citá-los. Com certeza posso deixar alguém de fora!
As experiências do período da nossa juventude retratam a nossa maneira de lidar com questões que nos deparamos na idade adulta, por isso o trecho da música “Linda Juventude”, que versa: “Nossa linda juventude, página de um livro bom”, reflete bem o quanto este é um momento rico da nossa vida e que devemos viver intensamente.
Mas um livro bom cabe a cada um e cada uma escrever. Os jovens tem um imenso campo de escolhas no mundo de hoje. Não podemos dizer mais que a origem determina o projeto de vida. É possível experimentar e inserir-se muito mais.
O mundo oferece tantas possíbilidades mas cabe a cada um e cada uma responder as perguntas: “Quem sou eu? Com quem me identifico e me reconheço? Quais valores são realmente importantes para minha vida? E o que quero da minha vida?”.
E apoderado destas respostas escrever as páginas do seu livro e que sejam páginas de um livro bom! Escrevam estas páginas com a tinta mais duradora do universo: o AMOR! Tenho certeza que assim o nosso mundo será muito mais SER pessoa, fraterna e feliz.
Um grande abraço,
Ana Cláudia Brito de Moura König
Rogério, pena que nao tive tempo de mudar nada, mas penso que foi importante, pois este foi o sentimento daquele momento! Obrigada pela oportunidade. Espero que os leitores possam aproveitar do texto e dos videos. Beijos, abracos e saudades... Ana Cláudia
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