Imagine a seguinte cena: um rapaz chega numa casa, toca a campainha e ao encontrar determinada moça oferece-lhe, com sorrisos, um buquê de rosas vermelhas. Ela retribui os sorrisos e o convida para entrar. Este tipo de flor, em nossa cultura, tem o sentido de uma paixão mais arrebatadora, de um sentimento forte. Mas são apenas flores...
Quando eu era mais jovem, escutava sempre a notícia de rapazes que roubavam tênis de outros jovens. Eram sempre calçados de alguma marca de certa relevância. Tênis de marcas mais populares dificilmente eram roubados. Quem os roubava estava sempre nos níveis mais básicos da pirâmide social. Para eles, ter um par de tênis de marca famosa era sinal de status, de maior relevância. Mas são apenas tênis...
Um símbolo é sempre algo que representa algo além dele mesmo para alguém. O que isto quer dizer? Que flores não representam diretamente paixão, mas alguém entende que rosas vermelhas significam. Tênis não representa diretamente status, mas para alguém, um par de algumas marcas representa sim.
No mundo pastoral, utilizamos fartamente os símbolos. Nossas reuniões, encontros, formações, ritos e cursos são extremamente simbólicos. As cores, as músicas, os cheiros, a maneira de organizar os objetos geralmente tem um sentido por trás deles.
Na nossa maneira de nos vestirmos também carregamos nossos símbolos. É a camiseta com a “marca” da PJ, é o boné, é a sandália rasteirinha, é o embornal, é a mochila nas costas, é o anel de tucum.
Não somos um grupo fechado e existem símbolos que extrapolam nossas fronteiras, inclusive religiosas. O anel de tucum é um deles. Aqueles que topam o desafio de estar ao lado dos menos favorecidos, comprometendo-se com eles são identificados por portarem este anel.
Trata-se da semente de uma palmeira amazônica que é trabalhada para formar um anel negro. Dizem que seu uso estende-se à época do Império, quando as pessoas mais pobres não podiam comprar alianças de ouro e acabavam utilizando as alianças feitas com esta semente. Além do pacto matrimonial, a amizade e a resistência frente à opressão marcavam os portadores deste anel.
Há quem utilize o anel de tucum sem saber do significado que ele tem. Isto, porém, não se dá somente com o anel. Com muitos símbolos isto também ocorre. Por isto é bom esclarecer. Usar o anel é um compromisso, é uma luta diária por justiça, fraternidade, contra a exploração e a injustiça. É colocar-se ao lado dos pobres contra os opressores. É saber que esta não é uma tarefa nem simples, nem fácil e, pela qual, muitos já deram suas vidas.
Não. Não é apenas um anel. É um símbolo que diz muito mais do que sua própria aparência. É uma aliança com quem sofre, é humilhado e explorado. Para o pejoteiro e para a pejoteira é um compromisso com a juventude que é violentada, assassinada e envolvida num círculo vicioso da cultura da morte.
Os portadores e portadoras do anel devem ser profetas e dizer aos quatro cantos do mundo : “Basta! Chega de violência e extermínio de jovens!”, mas também devem anunciar que isto tudo só vale a pena porque a luta é carregada de amor. Amor à causa, amor ao compromisso, amor ao projeto de Deus e amor à juventude.
Quando eu era mais jovem, escutava sempre a notícia de rapazes que roubavam tênis de outros jovens. Eram sempre calçados de alguma marca de certa relevância. Tênis de marcas mais populares dificilmente eram roubados. Quem os roubava estava sempre nos níveis mais básicos da pirâmide social. Para eles, ter um par de tênis de marca famosa era sinal de status, de maior relevância. Mas são apenas tênis...
Um símbolo é sempre algo que representa algo além dele mesmo para alguém. O que isto quer dizer? Que flores não representam diretamente paixão, mas alguém entende que rosas vermelhas significam. Tênis não representa diretamente status, mas para alguém, um par de algumas marcas representa sim.
No mundo pastoral, utilizamos fartamente os símbolos. Nossas reuniões, encontros, formações, ritos e cursos são extremamente simbólicos. As cores, as músicas, os cheiros, a maneira de organizar os objetos geralmente tem um sentido por trás deles.
Na nossa maneira de nos vestirmos também carregamos nossos símbolos. É a camiseta com a “marca” da PJ, é o boné, é a sandália rasteirinha, é o embornal, é a mochila nas costas, é o anel de tucum.
Não somos um grupo fechado e existem símbolos que extrapolam nossas fronteiras, inclusive religiosas. O anel de tucum é um deles. Aqueles que topam o desafio de estar ao lado dos menos favorecidos, comprometendo-se com eles são identificados por portarem este anel.
Trata-se da semente de uma palmeira amazônica que é trabalhada para formar um anel negro. Dizem que seu uso estende-se à época do Império, quando as pessoas mais pobres não podiam comprar alianças de ouro e acabavam utilizando as alianças feitas com esta semente. Além do pacto matrimonial, a amizade e a resistência frente à opressão marcavam os portadores deste anel.
Há quem utilize o anel de tucum sem saber do significado que ele tem. Isto, porém, não se dá somente com o anel. Com muitos símbolos isto também ocorre. Por isto é bom esclarecer. Usar o anel é um compromisso, é uma luta diária por justiça, fraternidade, contra a exploração e a injustiça. É colocar-se ao lado dos pobres contra os opressores. É saber que esta não é uma tarefa nem simples, nem fácil e, pela qual, muitos já deram suas vidas.
Não. Não é apenas um anel. É um símbolo que diz muito mais do que sua própria aparência. É uma aliança com quem sofre, é humilhado e explorado. Para o pejoteiro e para a pejoteira é um compromisso com a juventude que é violentada, assassinada e envolvida num círculo vicioso da cultura da morte.
Os portadores e portadoras do anel devem ser profetas e dizer aos quatro cantos do mundo : “Basta! Chega de violência e extermínio de jovens!”, mas também devem anunciar que isto tudo só vale a pena porque a luta é carregada de amor. Amor à causa, amor ao compromisso, amor ao projeto de Deus e amor à juventude.
Gosto de ler os posts por aqui pois nos leva a ter uma reflexão. Concordo com o teor e a nuance do texto. Mas infelizmente as pessoas apenas vêem o anel como um anel. Muitos jovens usam sem saber esse significado que está bem explicado no texto. A Pastoral da Juventude ao menos na minha realidade, não expressa mais as virtudes de outrora. A "Misturância" das Pastorais com Movimentos no dito cujo do setor deixaram muitas pessoas sem uma identidade, e então nossos mais preciosos símbolos, se tornaram nossos rótulos....
ResponderExcluirMontanha
www.montanha.blog.br