A gente sabe que a Pastoral da Juventude tem uma turma boa de conversa e que sabem conduzir uma discussão num nível bacana. A razão de tudo isso é que eles foram forjados nos pequenos grupos de base, nas discussões comunitárias, nos debates promovidos. É uma turma de consciência crítica e que encara qualquer parada.
É mesmo??
Já vi muitos colegas de pastoral que encaram numa boa o debate num grupo pequeno, mas que tremem nas bases quando vão falar num grupo grande, de mais de setenta pessoas, por exemplo. Temos toda uma técnica para os grupos pequenos. E para os grandes?
Não era costumeiro que a PJ trabalhasse com grupos grandes em falas mais aprofundadas. Os tempos atuais, porém, pedem e exigem algumas capacitações a mais. Por vezes somos chamados a falar em conferências, grandes encontros, palestras para grupos fora da realidade pejoteira ou assembleias maiores. O que é importante para se preparar bem?
Existem alguns roteiros, uns mais com a nossa cara, outros numa linha mais sentimental, outros numa linha mais do mercado. Penso que há três aspectos que devam ser levados em consideração para que o recado seja bem dado e assimilado.
1- Prepare-se bem. Se for um assunto que você domina, busque se aprimorar nos exemplos a serem dados e nos dados atualizados que poderão ser apresentados. Se for utilizar de uma apresentação eletrônica, prepare-a antes, não use textos longos e pense que ela deva ter uma identidade visual apropriada para o público para o qual você vai se apresentar.
2- Antecipe-se ao seu público. Enzo Bianco, no livro “Melhoremos as nossas reuniões” apresenta quatro expressões que você deve responder ao público quando estiver conduzindo uma conferência:
- UFA!
Não é todo mundo do público que estará esperando avidamente por você para se deliciar com cada palavra que você venha a dizer. É mais prudente encarar este desafio como se eles estivessem esperando um bom início de conversa e desconfiando da sua capacidade. Este é o desafio a ser encarado: o de quebrar o gelo com a plateia. Prenda a atenção do seu público nestes primeiros minutos. Comece com um fato, uma situação, uma piada ou um testemunho que mexa de alguma forma com eles. Se começar apagado, será mais difícil conquistá-los.
Não é todo mundo do público que estará esperando avidamente por você para se deliciar com cada palavra que você venha a dizer. É mais prudente encarar este desafio como se eles estivessem esperando um bom início de conversa e desconfiando da sua capacidade. Este é o desafio a ser encarado: o de quebrar o gelo com a plateia. Prenda a atenção do seu público nestes primeiros minutos. Comece com um fato, uma situação, uma piada ou um testemunho que mexa de alguma forma com eles. Se começar apagado, será mais difícil conquistá-los.
- E DAÍ?
Uma vez que você conseguiu a atenção, a pergunta seguinte é “por que esse tema interessaria a eles”? É hora de fazer as ligações entre a sua fala inicial e a razão deles todos estarem ali para ouvi-lo. Fale daquilo que os toca de perto, que faz parte dos problemas deles. Se conseguir chegar bem neste ponto, a turma já está em suas mãos.
Uma vez que você conseguiu a atenção, a pergunta seguinte é “por que esse tema interessaria a eles”? É hora de fazer as ligações entre a sua fala inicial e a razão deles todos estarem ali para ouvi-lo. Fale daquilo que os toca de perto, que faz parte dos problemas deles. Se conseguir chegar bem neste ponto, a turma já está em suas mãos.
- POR EXEMPLO?
É a parte principal da sua fala. Nada convence mais do que fatos concretos, situações reais tiradas da vida. Sim, é importante teorizar, mas os exemplos cativam muito mais. Se você tiver números a apresentar, compare-os com os de realidades diferentes (índices de cidades diferentes ou de períodos distintos, por exemplo).
É a parte principal da sua fala. Nada convence mais do que fatos concretos, situações reais tiradas da vida. Sim, é importante teorizar, mas os exemplos cativam muito mais. Se você tiver números a apresentar, compare-os com os de realidades diferentes (índices de cidades diferentes ou de períodos distintos, por exemplo).
- E ENTÃO?
Seu público ouviu as ideias que você apresentou e assimilou os exemplos dados. É preciso agora apresentar um direcionamento, um novo comportamento a ser adotado. Qual ação deve ser apresentada? Aquela do objetivo da sua apresentação.
Seu público ouviu as ideias que você apresentou e assimilou os exemplos dados. É preciso agora apresentar um direcionamento, um novo comportamento a ser adotado. Qual ação deve ser apresentada? Aquela do objetivo da sua apresentação.
3- Qual o comportamento mais adequado durante a sua fala? Seja natural, não seja muito solene ou sério demais. Use a voz de maneira adequada, se preciso use o microfone. Varie o tom e a altura de sua voz de acordo com as circunstâncias. Varie a velocidade também. Procure não usar expressões que não acrescentam nada como “tá?”, “né?”, “entendeu?”. O publico pode fazer piada com a repetição destes termos e não prestar atenção no que você diz. Olhe para as pessoas, foque algumas delas durante a sua fala. Não exagere nos gestos, seus braços e mãos se erguerão e abaixarão conforme o clima esquentar durante a fala. Ande de um lado para o outro, não fique num ponto fixo, a menos que não exista esta possibilidade (caso você tenha que falar sentado). Deixe canetas, blocos, chaves e celulares fora. Eles não podem chamar mais a atenção do que você mesmo. Creia no que você vai dizer. As pessoas confiam e acreditam quando percebem que o testemunho é sincero. E, por fim, se você estiver nervoso no dia, ótimo! É sinal de que você se preocupou com o que vai falar e como o fará. As melhores falas são aquelas que fazemos quando estamos com uma gana maior, ou como dizem meus amigos, quando estamos “na pegada”.