Quantos de vocês não olham para suas realidades e pensam: “Isso aqui poderia estar um pouco mais organizado...”. Sim, é possível que este pensamento já tenha passado pela cabeça de vocês. Contudo, quantos já colocaram o dedo na ferida (não para ser um sádico cruel, mas com o cuidado de quem quer limpar e tratar para melhorar)? Quantos já arregaçaram as mangas e colocaram a mão na massa? Quantos já pararam para se planejar de forma mais eficiente, eficaz e efetiva?
Quer um exemplo? Ano que vem a Campanha da Fraternidade é sobre juventude. O que você e o seu grupo (seja na comunidade, paróquia, setor, forania, região, diocese ou sub região) tem feito a respeito? Meu caro, minha querida, este é um momento único e privilegiado! Não podemos nos contentar a fazer uma Campanha meia boca por alguns dias da quaresma e ponto final. É preciso pensar na vida da juventude e ajudar as nossas comunidades a refletir sobre isso também. É preciso falar de culturas juvenis, abrir as portas das nossas igrejas para um diálogo franco com elas. É preciso denunciar todo sistema de morte que cerca e ronda a juventude. É preciso buscar e expor os porquês dos jovens serem vítimas e agentes da violência. É preciso escancarar e deixar claro e nítido porque a proposta de Jesus é uma boa nova para os jovens também. É necessário mostrar porque nos apaixonamos por esta causa e porque somos pejoteiros.
Vocês já conversaram sobre isso?
Então certamente já falaram sobre a Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá no ano que vem no Rio de Janeiro? Imagino que em muitos lugares o pessoal esteja se movimentando para fazer as inscrições, sejam como peregrinos, sejam como voluntários. Certamente será um evento que chamará bastante a atenção, em especial pelos números envolvidos. Mas basta se organizar para participar? Gente, é possível fazer muito mais do que isso!!! Dá para usar do mote da JMJ para visitar comunidades sem grupos e tentar mobilizar a juventude de lá para que organizem um grupo de jovens na localidade. Dá para atrair o olhar da imprensa sobre as condições juvenis na sua realidade, afinal 2013 será o ano da juventude no Brasil. Dá para fazer encontros, missas, formações, passeatas, fóruns. Dá para organizar um belo trabalho de articulação entre grupos. Dará para dizer que a jornada passou, mas que os frutos de uma organização ficaram e produziram muito, afinal é a JMJ que deve se encaixar no nosso planejamento pastoral e não o contrário.
Vocês já conversaram sobre isso?
Outra dica (que não exclui as outras, sim?) é falar sobre os fulanos e as beltranas que representam vocês em outros lugares. Tem jovem que representa o grupo no conselho da comunidade, da paróquia, na coordenação paroquial, diocesana ou sub-regional. Existem jovens nos representando nos conselhos municipais de juventude. Como vocês escolhem estas pessoas? Como vocês acompanham estas pessoas? O papel de representar é fundamental nas nossas organizações dentro da Igreja. Há quem escolha qualquer um. Há quem escolha quem tem mais tempo livre. Há quem escolha o menos preparado justamente porque dá pouco valor ao grupo onde aquele jovem vai estar. Tudo isso pode ser um grande erro. Uma boa representação leva a voz do seu grupo adiante e ajuda aquela instância a se organizar e se fortalecer na busca de sua missão. E, com isso, ajuda seu grupo de origem também. Mas além de indicar alguém bom e capacitado é preciso que esta ou este jovem esteja bem acompanhado e assessorado. Quem caminha ao lado deles? Quem para com o intuito de ouvi-los em seus desafios, tristezas, sonhos e esperanças? Quem dá o ombro amigo? Quem dá uma palavra de bom ânimo? Isto tudo não é importante?
Vocês já conversaram sobre isso?
E por falar em conversa, não há como não deixar de lado o tema da comunicação. Um grupo que se comunica bem tem muito mais chances de ser bem organizado e de ver seu planejamento ser bem sucedido. Que recursos vocês usam? Jornal Mural? Jornal impresso? Boletim por e-mail? Facebook? Recado na missa? Blog? Peregrinação a pé, de grupo em grupo? No boca a boca? Rádio? Vídeos? Telefone? Carro de som? Como avisam das atividades? Quem vocês avisam? E a mensagem é passada de maneira que a turma entenda? Tem dado bons resultados? Quem ensinou vocês a usarem estes recursos? Aprenderam na marra e sozinhos? Já fizeram oficinas de comunicação? Já chamaram gente de fora para falar sobre o assunto com vocês?
Já se comunicaram sobre isso?
Vejam só a riqueza de possibilidades que existem em quatro assuntos ligados a nossa organização. E isso porque falamos de dois eventos e de dois aspectos internos. Eles, por si só não falam tudo que precisaria sobre o tema, mas dão um pontapé inicial na conversa. É preciso falar sobre isso, porque só assim a gente avança no cumprimento da nossa missão.
Estamos usando este texto motivador pra nossa preparaçao do Plano Pastoral Diocesano da PJ-Santos pro bienio 2013-2014. Deus Pai-Mae nos auxilie neste momento importantissimo em nossa pastoral da juventude diocese de santos.
ResponderExcluiraqui é a Samira. Valeu pelas contribuições constantes Rô!!
Excluiraxé