Repercutiu de uma maneira interessante o texto sobre o “curtir o momento”, publicado aqui no blog. Recebi alguns e-mails e comentários de amigos que me encontraram pessoalmente. Algumas reações foram de desconforto, outras de impotência, outras de desafio. E fico realmente feliz com isso. Alguma reação foi gerada. Não foi um texto morno. Que bom.
Mas tenho para mim que o simples olhar para a realidade não basta somente. É preciso dar um passo além. Diante do incômodo, desconforto, impotência e desafio que o texto ou o cotidiano real nos apresenta, que postura eu devo tomar? Se a minha linguagem não comunica o que desejo a quem precisa, não é necessário rever a linguagem ou a maneira de me comunicar, por exemplo?
Há quem desanime quando se depara com uma realidade desafiadora. Há quem não enxergue aí as oportunidades de crescimento pessoal e pastoral, por exemplo, em razão de tantos obstáculos a serem superados. Se um esportista olhasse para as durezas que uma competição proporciona não existiriam marcas a serem superadas, nem atletas que se destacassem.
Pode ser que um atleta entre numa competição pela questão da fama, do dinheiro, do sustento ou pelo prazer de competir. Contudo, um jovem que ama a pastoral, não o faz por estas razões. Quem faz pastoral tem em sua atitude, postura e testemunho o mesmo princípio daquele jovem de Nazaré. O seu ideal aponta sempre para a concretização, mesmo que nas pequenas ações, da frase evangélica: “O Reino de Deus está no meio de vós”.
E esta é a primeira pista para a resposta ao incômodo gerado pelo artigo citado lá no início. Você não convence ninguém se não estiver convencido. E a sua convicção tem que estar além das palavras. Dizer coisas da boca para fora é algo fácil de fazer. “Palavras comovem, mas testemunhos arrastam”, já dizia um pensamento que li certa vez e que me acompanha desde então. Pois é esta sua maneira de lidar com o mundo de acordo com a sua fé e suas convicções que vai mostrar àqueles que não partilham dos mesmos ideais que você tem algo diferente a dizer ou oferecer.
Aquele texto também apontava para duas descrenças de parte da geração atual: o descrédito do passado e a pouca (ou nenhuma) importância do futuro. Comecemos pelo passado. No livro “Ler, Pensar, Escrever”, Gabriel Perissé diz que: “O passado é aquilo que não passou. É aquilo que permanece em forma de influência, de lembrança, de conselho, de saudade, de lição”. Para quem me diz que o passado pouco importa, eu respondo que a gente é resultado daquilo que optamos e dos caminhos que fizemos. E a reflexão a respeito destes desvios, trilhas e túneis que percorremos damos o nome de experiência.
Quanto ao futuro, penso que é tão importante quanto passado ou presente. É incerto, desafiador, mas é aí que estão as grandes oportunidades. O futuro começa no agora. E no caso da pastoral isto significa ter ações no presente que já sejam sinais para a sociedade do quão revolucionária é a proposta de Jesus. Um mundo de relações fraternas, uma sociedade onde caibam todos, onde o verdadeiro poder é o serviço ao outro.
No documentário “Dom Helder Câmara – em busca da profecia”, há um depoimento de Marcelo Barros, monge beneditino e que foi ordenado padre por Dom Helder. Poucos dias antes da morte do arcebispo emérito, em 1999, o monge foi visitá-lo e pediu-lhe uma palavra. Dom Helder, com certo esforço acabou sussurrando-lhe: “Não deixe cair a profecia”.
Sim, nós aprendemos com o passado e projetamos e caminhamos para o futuro. Contudo, é no presente que as decisões são tomadas. E não podemos descuidar do momento no qual vivemos. Alimentar a utopia é tarefa do dia a dia. Vivenciar a profecia é testemunho a ser dado em cada relação que travamos no nosso cotidiano. E como eu disse num outro texto do blog, “Fazer parte da Pastoral da Juventude é uma escolha. Escolha diária”. Que façamos parte da PJ sim, alimentando todo os dias a utopia que nos faz caminhar e sendo testemunhas desta profecia que foi a prática vivida por Jesus.
Mas tenho para mim que o simples olhar para a realidade não basta somente. É preciso dar um passo além. Diante do incômodo, desconforto, impotência e desafio que o texto ou o cotidiano real nos apresenta, que postura eu devo tomar? Se a minha linguagem não comunica o que desejo a quem precisa, não é necessário rever a linguagem ou a maneira de me comunicar, por exemplo?
Há quem desanime quando se depara com uma realidade desafiadora. Há quem não enxergue aí as oportunidades de crescimento pessoal e pastoral, por exemplo, em razão de tantos obstáculos a serem superados. Se um esportista olhasse para as durezas que uma competição proporciona não existiriam marcas a serem superadas, nem atletas que se destacassem.
Pode ser que um atleta entre numa competição pela questão da fama, do dinheiro, do sustento ou pelo prazer de competir. Contudo, um jovem que ama a pastoral, não o faz por estas razões. Quem faz pastoral tem em sua atitude, postura e testemunho o mesmo princípio daquele jovem de Nazaré. O seu ideal aponta sempre para a concretização, mesmo que nas pequenas ações, da frase evangélica: “O Reino de Deus está no meio de vós”.
E esta é a primeira pista para a resposta ao incômodo gerado pelo artigo citado lá no início. Você não convence ninguém se não estiver convencido. E a sua convicção tem que estar além das palavras. Dizer coisas da boca para fora é algo fácil de fazer. “Palavras comovem, mas testemunhos arrastam”, já dizia um pensamento que li certa vez e que me acompanha desde então. Pois é esta sua maneira de lidar com o mundo de acordo com a sua fé e suas convicções que vai mostrar àqueles que não partilham dos mesmos ideais que você tem algo diferente a dizer ou oferecer.
Aquele texto também apontava para duas descrenças de parte da geração atual: o descrédito do passado e a pouca (ou nenhuma) importância do futuro. Comecemos pelo passado. No livro “Ler, Pensar, Escrever”, Gabriel Perissé diz que: “O passado é aquilo que não passou. É aquilo que permanece em forma de influência, de lembrança, de conselho, de saudade, de lição”. Para quem me diz que o passado pouco importa, eu respondo que a gente é resultado daquilo que optamos e dos caminhos que fizemos. E a reflexão a respeito destes desvios, trilhas e túneis que percorremos damos o nome de experiência.
Quanto ao futuro, penso que é tão importante quanto passado ou presente. É incerto, desafiador, mas é aí que estão as grandes oportunidades. O futuro começa no agora. E no caso da pastoral isto significa ter ações no presente que já sejam sinais para a sociedade do quão revolucionária é a proposta de Jesus. Um mundo de relações fraternas, uma sociedade onde caibam todos, onde o verdadeiro poder é o serviço ao outro.
No documentário “Dom Helder Câmara – em busca da profecia”, há um depoimento de Marcelo Barros, monge beneditino e que foi ordenado padre por Dom Helder. Poucos dias antes da morte do arcebispo emérito, em 1999, o monge foi visitá-lo e pediu-lhe uma palavra. Dom Helder, com certo esforço acabou sussurrando-lhe: “Não deixe cair a profecia”.
Sim, nós aprendemos com o passado e projetamos e caminhamos para o futuro. Contudo, é no presente que as decisões são tomadas. E não podemos descuidar do momento no qual vivemos. Alimentar a utopia é tarefa do dia a dia. Vivenciar a profecia é testemunho a ser dado em cada relação que travamos no nosso cotidiano. E como eu disse num outro texto do blog, “Fazer parte da Pastoral da Juventude é uma escolha. Escolha diária”. Que façamos parte da PJ sim, alimentando todo os dias a utopia que nos faz caminhar e sendo testemunhas desta profecia que foi a prática vivida por Jesus.