Uma outra lembrança bem famosa do número sete nos faz lembrar a representação da aliança entre Deus e Noé, prometendo que não haveria mais outro dilúvio, o arco pintado no céu. (Gn 9,12-15). Geralmente dizemos que o arco-íris tem sete cores. É o mais comumente aceito. Estas cores são o Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta. Nesta ordem.
O arco-íris tem sido usado por diversos grupos e movimentos. Geralmente, atribuem às cores alguns significados para enriquecer o uso do símbolo. Isto é perfeitamente aceitável desde que estes significados sejam também conhecidos de todos. Mas o artigo de hoje quer tratar da Wiphala.
Símbolo dos povos andinos e, por extensão, símbolo de paz, resistência, liberdade, justiça na América Latina a Wiphala é uma bandeira muito utilizada em eventos ligados à Pastoral da Juventude. Como o arco-íris, ela também tem sete cores, mas ao invés do Anil ela tem o Branco. E diferente do arco-íris, suas cores são intercaladas em pequenos quadrados, quarenta e nove no total, formando uma bandeira de sete por sete quadrados.
A palavra Wiphala tem origem em outras duas palavras: Wiphay (que é uma expressão de alegria) e Phalax (que é o sonho produzido por conduzir uma bandeira). Há informações de que há mais de 2000 anos este símbolo já era utilizado. Foram encontrados restos de tecidos da wiphala em diferentes regiões que hoje compreendem o Equador, o Peru e a Bolívia. Durante os muitos anos dominação espanhola a metrópole proibiu o uso e as aparições da Wiphala. Hoje, porém, ela voltou a ser reconhecida e comprendida, a pesar de anos de perseguição com a intenção de manchar seu significado.
Para os povos andinos, a estrutura e a composição das cores da Wiphala como emblema cultural próprio, constitui uma forma simétrica e interconectada. A formação das sete cores é o reflexo cósmico que representa a organização do sistema comunitário e harmônico daqueles povos. Para eles há um sentido muito maior do que a representação das cores. A Wiphala tem quatro lados iguais e sete cores em igual proporção que significam a igualdade na diversidade dos povos andinos. Ela representa os meios de produção e distribuição de produtos a cada qual segundo suas necessidades e segundo as suas capacidades. Onde não se conhece nem fome nem miséria, nem ricos nem pobres e onde não há ambição de ouro e de prata. Onde não se conhece o enriquecimento ilícito e nem o espólio das riquezas para os interesses pessoais. Onde não se conhece o individualismo e o egoísmo, onde o homem não vive de falsas ilusões nem de fantasias que em nada beneficiam a cultura andina. Por conseguinte, a Wiphala é o símbolo da Unidade e Igualdade, da Organização e da Harmonia do sistema comunitário andino.
De acordo com os costumes e as tradições andinas, a Wiphala sempre está desfraldada em todos os acontecimentos sociais e culturais, nas festas solenes e nos atos cívicos e nas quatro festas anuais que comemoram os quatro períodos do ano: frio, calor, chuva e seca. Por fim, seguem os significados das cores da Wiphala, que é o mote deste artigo.
O arco-íris tem sido usado por diversos grupos e movimentos. Geralmente, atribuem às cores alguns significados para enriquecer o uso do símbolo. Isto é perfeitamente aceitável desde que estes significados sejam também conhecidos de todos. Mas o artigo de hoje quer tratar da Wiphala.
Símbolo dos povos andinos e, por extensão, símbolo de paz, resistência, liberdade, justiça na América Latina a Wiphala é uma bandeira muito utilizada em eventos ligados à Pastoral da Juventude. Como o arco-íris, ela também tem sete cores, mas ao invés do Anil ela tem o Branco. E diferente do arco-íris, suas cores são intercaladas em pequenos quadrados, quarenta e nove no total, formando uma bandeira de sete por sete quadrados.
A palavra Wiphala tem origem em outras duas palavras: Wiphay (que é uma expressão de alegria) e Phalax (que é o sonho produzido por conduzir uma bandeira). Há informações de que há mais de 2000 anos este símbolo já era utilizado. Foram encontrados restos de tecidos da wiphala em diferentes regiões que hoje compreendem o Equador, o Peru e a Bolívia. Durante os muitos anos dominação espanhola a metrópole proibiu o uso e as aparições da Wiphala. Hoje, porém, ela voltou a ser reconhecida e comprendida, a pesar de anos de perseguição com a intenção de manchar seu significado.
Para os povos andinos, a estrutura e a composição das cores da Wiphala como emblema cultural próprio, constitui uma forma simétrica e interconectada. A formação das sete cores é o reflexo cósmico que representa a organização do sistema comunitário e harmônico daqueles povos. Para eles há um sentido muito maior do que a representação das cores. A Wiphala tem quatro lados iguais e sete cores em igual proporção que significam a igualdade na diversidade dos povos andinos. Ela representa os meios de produção e distribuição de produtos a cada qual segundo suas necessidades e segundo as suas capacidades. Onde não se conhece nem fome nem miséria, nem ricos nem pobres e onde não há ambição de ouro e de prata. Onde não se conhece o enriquecimento ilícito e nem o espólio das riquezas para os interesses pessoais. Onde não se conhece o individualismo e o egoísmo, onde o homem não vive de falsas ilusões nem de fantasias que em nada beneficiam a cultura andina. Por conseguinte, a Wiphala é o símbolo da Unidade e Igualdade, da Organização e da Harmonia do sistema comunitário andino.
De acordo com os costumes e as tradições andinas, a Wiphala sempre está desfraldada em todos os acontecimentos sociais e culturais, nas festas solenes e nos atos cívicos e nas quatro festas anuais que comemoram os quatro períodos do ano: frio, calor, chuva e seca. Por fim, seguem os significados das cores da Wiphala, que é o mote deste artigo.
- Vermelho: Representa o Planeta Terra, é a expressão do homem andino, no aspecto intelectual, é a filosofia cósmica no pensamento e conhecimento dos Amawatas.
- Laranja: Representa a sociedade e a cultura, é a expressão da cultura, também expressa a preservação e procriação da espécie humana, considerada a mais apreciada riqueza patrimonial da nação, a saúde e medicina, a formação e educação, a prática cultural da juventude dinâmica.
- Amarelo: Representa a energia e força, é a expressão dos princípios morais do homem andino, é a doutrina de Pacha-Kama e Pacha-Mama: a Dualidade; são as leis e normas, as práticas coletivas da irmandade e solidariedade humana.
- Branco: Representa o tempo, é a expressão do desenvolver e a transformação permanente do Quallana Marka sobre os andes, e o desenvolver da ciência e a tecnologia, e arte, e trabalho intelectual e manual que gera a reciprocidade e harmonia dentro da estrutura comunitária.
- Verde: Representa a economia e produção andina, é o símbolo das riquezas naturais, da superfície e subsolo, representa terra e território, e assim mesmo a produção agropecuária, a Flora e Fauna, as reservas hidrológicas e minerais.
- Azul: Representa o espaço cósmico, o infinito, é a expressão dos sistemas estrelares do universo e os efeitos naturais que estão sobre a terra, é a astronomia e a física, a organização socioeconômica, política e cultural, é a lei da gravidade, as dimensões e fenômenos naturais.
- Violeta: Representa a política e ideologia andina, é a expressão de poder comunitário e harmônico dos andes, o instrumento do estado, como uma estância superior, que é a estrutura do poder, as organizações, sociais, econômicas e culturais e a administração do povo do país.
Finalmente um lugar que explica tudo que tinha curiosidade sobre esse símbolo...obrigado grande Rogério. Vitor Hugo
ResponderExcluirVERIICAR
ResponderExcluirMuito bom, Rogerio!
ResponderExcluirSempre leio esse texto <3