quinta-feira, 29 de abril de 2010

O ser Pastoral

Quando falamos em pastoral, a primeira reflexão a ser feita é tirada do Evangelho de João (Jo 10,1-15). Nela é apresentada a figura do Bom Pastor, em contraposição ao mercenário. Há al-gumas características do Bom Pastor que valem a pena serem ressaltadas para início de conversa:


  • Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
  • As ovelhas ouvem a sua voz,
  • Ele chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora.
  • Ele vai adiante delas,
  • As ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
  • Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
  • Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.
  • Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
  • Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas.
  • Dou a minha vida pelas ovelhas.

Seguir os passos de Jesus é aderir ao seu estilo e à sua prática. Fazer pastoral é fazer o que Jesus fez, é continuar sua missão. Não se faz pastoral dentro de gabinetes, templos ou escritórios sem ouvir a realidade. Quem passa pela porta é o pastor das ovelhas. Quem segue o mesmo sonho de Jesus, agindo na prática como ele agiria, também o é. Para fazer pastoral é preciso atitude, sair de onde está e ir a campo.

Se acreditamos que a Igreja é continuadora da ação de Jesus, toda ação da Igreja é pastoral. Nos relacionamentos interpessoais, os pastores da igreja conhecem as pessoas e são conhecidos por elas. Seu testemunho de vida arrasta homens e mulheres e os leva para a missão no mundo. Pelas pessoas que o seguem, o pastor é capaz de doar a própria vida integralmente.

Fazer pastoral, não é ter uma atitude “água com açúcar”, ou seja, descomprometida ou alie-nada. É ter os pés no chão e acreditar que sua missão é transmitir vida, e vida em abundância. Toda ação pastoral é ação da comunidade, não de um indivíduo, porque é ação da Igreja, ou seja, é missão do agente, do ministro, do coordenador, do padre, de todo batizado.

A ação pastoral parte da vida, não de um modelo teórico ou de fé. Esta é compreensão trabalhada pelas comunidades a partir do Concílio Vaticano II. A boa nova de Jesus deve estar presente na vida do ser humano dentro da sua própria história, com todas as suas circunstâncias. Para isso, é necessário àquele que quer ser agente desta pastoral estar em diálogo com o mundo real, amá-lo, estudá-lo e compreendê-lo.

Existem muitas qualificações e especificidades na ação pastoral. Conhecemos a Pastoral da Juventude, da Criança, Operária, Catequética, Litúrgica, Carcerária, da Comunicação, Familiar, da Mulher Marginalizada, do Povo da Rua, da Saúde, da Sobriedade, Universitária ou Vocacional, por exemplo. Todas elas são ações da Igreja em meios ou com grupos específicos.

E qual o diferencial da PJ??

Nenhum comentário:

Postar um comentário