sábado, 9 de julho de 2011

Coisas que aprendi na assessoria da PJ


Não quero lançar meu currículo pela internet, nem dizer que sou bom numa coisa ruim em tantas e tantas outras. Quem me conhece sabe das minhas qualidades e dos muitos defeitos. Mas não é isso que vem ao caso agora. Em tempos de dicas e de tentativas de mostrar caminhos possíveis, acho que este é um bom momento para dar um testemunho, como dizem nas igrejas por aí, e falar do aprendizado que tive nesta minha vida de assessor.

Todos os pontos que vou colocar abaixo são realmente coisas que aprendi. Nem todos eu consegui vivenciar plenamente, mas estou na busca de aprimorar. E, se testemunhos valem, digo que por tudo que está exposto aí, vale muito acompanhar os jovens. Vamos aos itens!

sábado, 2 de julho de 2011

A JMJ com um ar pejoteiro

Caminhar sempre foi uma marca forte dentro da Pastoral da Juventude. Há a memória bíblica da caminhada do povo de Deus para a Terra Prometida e há a associação deste peregrinar com a nossa luta diária, cercada de desafios, alegrias, tropeços e sonhos.

Da mesma maneira que o povo da Bíblia, nós também não caminhamos para qualquer lado, como se fôssemos baratas tontas. Pejoteiros bem formados caminham com o olhar para um horizonte, com objetivos e metas concretas. Não andam por andar. E por onde passam, deixam suas marcas, as pegadas de suas histórias para servir de guia ou indicativos para quem vem depois.

Estamos às vésperas de uma nova peregrinação. Trata-se da Jornada Mundial da Juventude. Este ano ela acontecerá em Madri no mês de agosto. Reunirá centenas de milhares de jovens. Entre estes, muitos jovens da Pastoral da Juventude.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não foi um sonho sonhado só

Normalmente este blog tem os textos voltados para a Pastoral da Juventude de forma geral. São partilhas, reflexões, ideias, pistas, questionamentos, histórias que tem a proposta de ajudar àqueles que topam seguir o jeitão pejoteiro. Mas o texto de hoje tem um olhar diferente.

A cada três anos, a pastoral da juventude do estado de São Paulo se reúne para olhar sua caminhada, refleti-la à luz da proposta de Jesus e lançar proposições para os anos seguintes. A esta reunião damos o nome de assembleia regional. Em nossa história local já aconteceram 30 destas assembleias. A última foi entre os dias 23 e 26 de junho de 2011 e aconteceu na cidade de Bragança Paulista. Foi a 10ª assembleia que eu participei. Mas foi a primeira enquanto assessor regional.

O que eu gostaria de partilhar com vocês são algumas impressões pessoais deste momento singular da Pastoral da Juventude deste estado. Não é uma opinião da equipe de coordenação, porque não se passou nem uma semana desta assembleia e não sei a opinião de todos. Não nos reunimos para avaliar esta atividade e as implicações decorridas a partir dela. Mas eu tenho algumas intuições do que vem por aí...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

…E todos nós bebemos de um único Espírito

Para os amigos e amigas que acompanham este blog, segue um texto escrito desta vez pelo Henderson, um nobre companheiro da PJ do tempo em que militávamos na diocese de São Miguel Paulista. Vale a pena ler. É um texto cheio de memórias e mensagens. Obrigado Henderson.

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    Todo Domingo de Pentecostes é assim. Minha memória volta a uma gelada sexta feira, 11 de fevereiro de 2000, nos arredores da Estação Corinthians-Itaquera, extremo da região leste de São Paulo. Era de lá que saía, a cada três meses, o ônibus que levaria a galera para um dos encontros da edição do Projeto Eu Sou Mais 7 X 7, da então Pastoral da Juventude da Diocese de São Miguel Paulista.

    Naquela sexta-feira, ocorreria o segundo encontro do Grupo Pentecostes, mas o primeiro que eu participava. Até então, eu nem sabia que havia Pastoral da Juventude Diocesana – era apenas mais um que, na companhia de outros quatro amigos, tentava organizar o grupo de jovens na Paróquia São José Operário, no Conjunto José Bonifácio, mais conhecida como a Cohab 2.

sábado, 11 de junho de 2011

O papel das representações

Sim, há quem diga que o grande problema da pastoral da juventude hoje é a pouca atenção que se dá aos grupos de base. Imagino que esta não seja uma realidade em todo canto. Mas já ouvi isto de bocas diversas e li isto vindo de e-mails e chat’s diferentes também. Penso que os grupos de jovens são uma das prioridades sim e não se deve esquecer deles em nossos planejamentos pastorais. Já comentei sobre isto recentemente no artigo “Há que se cuidar do broto”. Contudo creio que existam outros itens a serem considerados.

Uma amiga me disse outro dia que o problema é que os jovens dos grupos vão para as “instâncias” e esquecem da base. Digo que isto pode acontecer e que já vi com mais de um representante. E também já vi o contrário, gente muito comprometida com os grupos, como também presenciei momentos de falta de preocupação com as bases de gente séria e responsável. Ou seja, neste universo que é a representação de instâncias e na nossa organização pastoral nos diversos níveis, há de tudo.

Por “instâncias”, quero dizer desde a paróquia, onde o grupo de jovens vai se fazer representado, até a coordenação nacional da PJ. Por incrível que pareça, há perfis de representações que se repetem nestes níveis. Como entender que papéis existem e como trabalhar com eles? Não é minha intenção falar de todos os perfis, mas contribuir com algumas reflexões. Vamos a elas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Os nós de uma relação: eles e nós

Imagine um casal de namorados. Imagine agora que eles brigaram e se separaram. Além disso, esta separação se deu por algo mal resolvido. Se você é amigo de um dos dois, sabe que quando encontrá-lo ou encontrá-la, o assunto do outro ou da outra aparece na pauta de conversa entre vocês e o papo fica girando em torno dos mesmos assuntos. Fica um ambiente ruim e que você sabe que isto não vai resolver nada. Conseguiu imaginar esta situação?

E em um ambiente da Igreja, isto seria possível? Não entre pessoas, mas entre grupos? Sim, isso acontece. E confesso que pessoalmente tenho cada vez menos paciência com isso. Criam-se inimizades como se os grupos fossem rivais lutando por um mesmo espaço. Claro que existem diferenças, e elas são importantes, mas em nome destas diferenças tenta-se matar o diferente.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alimentar diariamente a utopia

Repercutiu de uma maneira interessante o texto sobre o “curtir o momento, publicado aqui no blog. Recebi alguns e-mails e comentários de amigos que me encontraram pessoalmente. Algumas reações foram de desconforto, outras de impotência, outras de desafio. E fico realmente feliz com isso. Alguma reação foi gerada. Não foi um texto morno. Que bom.

Mas tenho para mim que o simples olhar para a realidade não basta somente. É preciso dar um passo além. Diante do incômodo, desconforto, impotência e desafio que o texto ou o cotidiano real nos apresenta, que postura eu devo tomar? Se a minha linguagem não comunica o que desejo a quem precisa, não é necessário rever a linguagem ou a maneira de me comunicar, por exemplo?